Ednilson Aguiar/O Livre
Representantes dos sindicatos discursam em trio elétrico durante mobilização nesta segunda-feira
Os sindicatos reunidos no Fórum Sindical aprovaram, na tarde desta segunda-feira (29), uma paralisação de 24 horas no próximo dia 7 de junho, quarta-feira, com mobilizações na Assembleia Legislativa. Reunidos na Praça das Bandeiras, os representantes de 20 categorias de servidores estaduais rejeitaram a proposta do governo do Estado de pagamento 6,58% da Revisão Geral Anual (RGA) de 2017 em três parcelas: em janeiro, abril e setembro de 2018. Os sindicalistas querem o pagamento integral ainda este ano.
“O governo ainda tem uma parcela remanescente do ano passado e a inflação do ano passado que era para pagar agora em maio. Já passou e ele não pagou. E ele quer jogar até o final do ano que vem [a revisão referente a 2017]. Então, é inaceitável”, reclamou o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Alves.
“Ele [o governador] quer novamente ter um fôlego no caixa e mandar para 2018. Para nós, é inaceitável”
“A expectativa é que o trabalhador, na rua, possa sensibilizar a classe política e os governantes chamarem a gente para uma mesa de negociação, melhorar essa proposta, e acabar com essa celeuma que o próprio governo vem criando”, disse.
Segundo ele, se não houver nova proposta, haverá uma paralisação de 48 horas, ainda sem data definida, e greve geral, assim como ocorreu no ano passado. Para evitar isso, o Fórum Sindical pede o pagamento, em junho, dos de 3,92% remanescentes de 2016; o pagamento da RGA 2017 ainda neste ano; o não congelamento das progressões funcionais; e ainda que não seja aumentada a contribuição previdenciária de 11% para 14%.
De acordo com a lei aprovada pela Assembleia Legislativa em 2016, a correção de 3,92% deve ser paga em junho e setembro mediante disponibilidade de caixa do governo. O congelamento das progressões funcionais e dos salários, além do aumento da contribuição do MT Prev, são analisados pelo governo, que ensaia enviar projetos à Assembleia Legislativa ainda neste ano.
“Ele [o governador] quer novamente ter um fôlego no caixa e mandar para 2018. Para nós, é inaceitável essa proposta”, declarou o sindicalista, defendendo o pagamento da revisão até mesmo em benefício da economia do Estado. “É um fator de proteção dos salários, isso está em lei, não é invenção do trabalhador”, acrescentou. A Secretaria Estadual de Gestão (Seges) não quis comentar a rejeição da proposta pelos sindicalistas.
