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Sindicato dos investigadores repudia divulgação de investigação sobre tortura na polícia

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Sindicato dos investigadores repudia divulgação de investigação sobre tortura na polícia
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sinpol-MT) emitiu uma nota repudiando a divulgação do suposto caso de tortura que levou um delegado e dois investigadores de Colniza (1.077 km de Cuiabá) a serem presos nessa terça-feira (16).

Segundo a nota, o Sinpol defende que o caso ainda não foi julgado, que os acusados não tiveram a oportunidade de se defender e que a prisão, ocorrida durante a Operação Cruciato, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), seria baseada apenas na acusação das supostas vítimas.

A direção do sindicato repudiou o fato de a mídia estadual e nacional terem exposto os policiais civis, “exigindo que, da mesma forma como a mídia preserva a imagem do cidadão comum, com base no respeito aos direitos humanos e ao sigilo da investigação, dê igual tratamento ao policial que responde a uma acusação desse tipo”, diz trecho da nota.

O Sinpol afirmou que irá processar todos que expuseram os dois investigadores alvos da operação. Delegados da Polícia Civil também tem entrado em defesa do colega citado na operação nas redes sociais, para eles, a Justiça deveria ter mais cautela antes de expor os três alvos da operação sem que estes tenham exercido o direito de defesa.

Veja nota completa, assinada pela presidente do Sinpol Edleusa Mesquisa:

“A diretoria do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso – Sinpol-MT repudia a ação desrespeitosa da mídia estadual e nacional, por ter divulgado imagens e nomes dos investigadores de Polícia presos ontem (16) em Colniza, sob a acusação de crime de tortura. O Sinpol-MT destaca que o processo ainda não transitou em julgado, que baseia-se apenas na acusação de uma suposta vítima, e que os acusados não exerceram o seu direito de defesa. E deixa claro que não admite a exposição de policiais civis nos meios de comunicação, exigindo que, da mesma forma como a mídia preserva a imagem do cidadão comum, com base no respeito aos direitos humanos e ao sigilo da investigação, dê igual tratamento ao policial que responde a uma acusação desse tipo. O sindicato entrará com o processo cabível para responsabilizar a todos que expuseram os investigadores em questão”.

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