Junior Silgueiro/GCom-MT
Enquanto estiverem presos, os servidores da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) investigados na Operação Zaqueus terão descontado um terço de seus salários, de acordo com a Controladoria Geral do Estado (CGE). Como recebem entre R$ 12 mil e R$ 14 mil líquidos, os descontos deverão ser de cerca de R$ 4 mil.
Estão presos preventivamente os agentes de tributos André Neves Fantoni e Alfredo Menezes de Mattos Junior. Farley Coelho Moutinho conseguiu um habeas corpus e deverá receber o salário normalmente enquanto responde aos processos administrativo e criminal.
Eles são investigados por solicitação e recebimento de propina da empresa Caramuru Alimentos S/A na quantia de R$1,8 milhão. Os três servidores teriam recebido o valor para reduzir uma multa de R$ 65,9 milhões para R$ 315 milhões. A multa aplicada pela Sefaz era correspondente a exportações não comprovadas pela empresa entre 2003 e 2006.
A investigação da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) aponta que o esquema pode ter sido aplicado pelos servidores junto a outras empresas em Mato Grosso.
Afastamento
Os agentes também foram afastados de seus cargos por 60 dias ou pelo tempo que durar o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que deverá ser aberto contra eles. O afastamento é realizado como uma medida para evitar que os servidores interfiram nas investigações. Ao final do PAD, os três agentes de tributos poderão ser absolvidos ou receber sanções que vão de advertência a demissão.
Foi determinado ainda que os servidores, quando estiverem soltos, deverão ser colocados à disposição da Escola de Governo para cumprir seus horários normalmente enquanto estiverem afastados.
