A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) demitiu um servidor contratado e afastou outros três, com abertura de investigação disciplinar. Todos são investigação na Operação Loki, que apura indícios de fraudes ambientais cometidas em 2018.
A Sema informou ontem (5) as medidas. Já são 6 servidores atingidos pela investigação. No dia 31 de agosto, dois servidores foram afastados das funções na secretaria.
A secretária Mauren Lazzaretti disse que o Gaeco protocolou mais de 20 pedidos de informação sobre investigados, e a Sema atendeu a demanda, para colaboração com as punições.
“A Sema é totalmente transparente em todos os seus atos administrativos. O acesso a todos os sistemas de controle é amplo e irrestrito aos órgãos fiscalizadores para combater a ilegalidade e promover a eficiência no serviço público”, disse.
Crimes ambientais
A ação policial foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) no dia 31 de agosto. Segundo o Ministério Público, servidores fraudavam laudos de tipologia de vegetação e Cadastros Ambientais Rurais (CARs), para propriedades na região da Amazônia Legal.
A delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino, responsável pela investigação, disse que as fraudes ambientais permitiam que os proprietários aumentassem a área de desmatamento legal para até 65% da propriedade. As autorizações eram concedidas com base na informação do tipo de vegetação.
Segundo o Gaeco, até a deflagração da Loki, tinham sido identificados prejuízos ambientais de R$ 495 milhões e sequestro de R$ 500 milhões.