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Secretário de Fazenda faz apelo para servidores não fazerem greve

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Secretário de Fazenda faz apelo para servidores não fazerem greve

“A única coisa que eu não tenho é máquina de fazer dinheiro, como o governo federal tem. Não tem como emitir papel moeda para financiar mais
de R$ 500 milhões”

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira, aproveitou a presença de membros de sindicalistas na audiência pública desta terça-feira, 6, para pedir que os servidores estaduais não façam greve.

O Fórum Sindical marcou uma paralisação para esta quarta-feira, 7, e ameaça deflagrar greve para cobrar o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), que repõe a inflação do ano anterior.

“Eu faço um pedido ao Fórum Sindical: greve, não”, pediu. “O governo está aberto a discutir, analisar números, fazer escolhas, junto com esta Casa de Leis. Se for preciso, a gente corta de onde for, se for essa a decisão. Mas greve, não. A sociedade já está sofrendo demais”, argumentou.

Nesse momento, ele foi interrompido por protestos de sindicalistas, que pediram que o governo evite a greve pagando a RGA. Na sequência, ele retomou a fala e alegou que o governo não tem dinheiro para pagar a reposição. Segundo Oliveira, se conceder agora os 6,57% da inflação do ano passado, o impacto será de R$ 500 milhões ao longo deste ano.

“A única coisa que eu não tenho é máquina de fazer dinheiro, como o governo federal tem. Não tem como emitir papel moeda para financiar mais de R$ 500 milhões”, comparou. “A Sefaz está à total disposição para implementar o que for possível dentro da capacidade financeira do Estado. Mas precisamos pensar em 3 milhões de habitantes”, disse.

“A gente tem que discutir com muita responsabilidade. Quinhentos milhões de reais são 40 escolas novas, são 7 meses de custeio de R$ 65 milhões da Saúde”

Greve de 2016
Ao final, à imprensa, Oliveira tachou a ideia de greve de “radical” e disse que é preciso diálogo antes de partir para essa medida.

“Sinto ânimos exaltados por conta da discussão do passado. Acho que o momento não é de exaltação. O momento é para que nós sentemos, dialoguemos e achemos juntos soluções”, defendeu.

Em 2016, a greve geral durou cerca de 30 dias, durante o mês de junho, e mobilizou 31 sindicatos e associações. A proposta inicial do governo, de não pagar nada, evoluiu até a aprovação do pagamento integral dos 11,58%, parcelados e condicionados ao teto de gasto com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ele disse que o governo precisa fazer escolhas e que aplicar R$ 500 milhões na RGA implica em cortar despesas em outra área. “A gente tem que discutir com muita responsabilidade. Quinhentos milhões de reais são 40 escolas novas, são 7 meses de custeio integral de R$ 65 milhões da Secretaria de Saúde”, citou.

Escolas
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou um apelo aos professores e técnicos para que não interrompam as aulas nesta quarta-feira, quando está marcada a paralisação geral.

A secretaria informou que “irá mobilizar os setores administrativo e jurídico para dar apoio às escolas que decidirem abrir suas portas aos alunos” e que quer evitar que os estudantes sejam prejudicados com a perda de um dia de aula.

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