Ednilson Aguiar/O Livre
O governador Pedro Taques durante reunião do Fethab na semana passada
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou nesta terça-feira (6), durante encontro no Palácio Paiaguás com representantes da setor produtivo rural que compõem o conselho diretor do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que ainda não há qualquer definição sobre como o Estado irá contornar o problema relacionado à falta de recursos para a saúde.
De acordo com o chefe do Executivo, existe uma necessidade de se buscar novos meios de incrementar o orçamento, além de reduzir os gastos. “Não existe um só remédio para resolver tudo isso. Precisamos cortar gastos e encontrar dinheiro novo. É isso o que estamos debatendo”, disse. O governador informou que a discussão com os municípios, empresários do agronegócio e Assembleia Legislativa continuará, já que “o único consenso que há até o momento é de que não há consenso”.
“O único consenso que há até o momento é de que não há consenso”
Saúde
Até o mês passado, o Estado acumulava uma dívida de R$ 162 milhões com os sete hospitais regionais e, para abater parte do montante, retirou R$ 70 milhões da folha de pagamento.
O governo alega não ter mais de onde tirar o dinheiro para honrar todos os compromissos com a saúde e, por isso, considerou utilizar o dinheiro do Fethab, indo contra o posicionamento de empresários do agronegócio – setor responsável pela arrecadação do fundo.
Soja, algodão e mais
O dinheiro do Fethab vem de taxas cobradas de empresários do setor rural fixados em Mato Grosso, pelo comércio de produtos como soja, algodão, madeira, óleo diesel e gado. Para 2017, conforme estipulado na Lei Orçamentária Anual (LOA), a previsão de arrecadação é de R$ 1,3 bilhão.
Nesta segunda-feira (5), o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira, após reunião com prefeitos e deputados, disse que nos próximos dias o governo apresentará um estudo sobre as possíveis novas fontes de recursos para a saúde.
As possibilidades passam pela redistribuição de impostos, aumento do percentual repassado pelo Estado conforme a Constituição e novas taxações sobre determinadas áreas. Segundo o secretário, apenas com a utilização dos recursos do Fethab o problema na saúde não se resolveria.