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Salário de R$ 18 mil é insuficiente, diz presidente da AL

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Salário de R$ 18 mil é insuficiente, diz presidente da AL

Ednilson Aguiar/O Livre

 Deputado estadual Eduardo Botelho

Presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), em entrevista ao programa O Livre

 

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (PSB), defendeu que os deputados estaduais recebam a chamada verba indenizatória, um valor além do salário mensal líquido de R$ 18 mil, para exercer suas funções no Legislativo. Atualmente, eles recebem R$ 65 mil por mês e não precisam prestar contas dos gastos.

“Você acha que um deputado vive com R$ 18 mil líquidos que ele recebe de salário? Não vive. Nós temos que parar de hipocrisia”, disse, em em entrevista ao programa O Livre, exibido pela Band Mato Grosso na terça-feira (26).

“Você acha que um deputado vive com R$ 18 mil de salário? Temos que parar de hipocrisia”

“Então ele precisa dessa verba indenizatória para ter uma vida condizente, poder receber um prefeito, poder viajar, poder desenvolver sua atividade parlamentar”, acrescentou.

O presidente da Assembleia acredita que a prestação de contas não é necessária. “Ele não precisa estar toda hora prestando contas, mas tem que guardar para que, se for exigido, ele apresente. (…) Será que toda hora precisa ficar olhando na conta dele?”, questionou.

Ele também argumenta que algumas carreiras públicas tem complementos aos salários. “Desembargador também recebe, promotor recebe, mas o povo só acha de falar dos deputados. Todo mundo recebe verba indenizatória”, alegou Botelho.

Público x privado
O presidente da Assembleia comparou os salários recebidos por profissionais do setor privado, segundo ele muito maiores que aqueles pagos a ocupantes de cargos públicos, para justificar os valores recebidos pelos deputados além do salário.

“Tem gente aí que ganha R$ 100 mil, R$ 150 mil, saiu do banco para ser ministro e ganha R$ 25 mil, R$ 30 mil. Ele vivia com 150 mil reais, vai viver com 30 mil? Aí ele vai para o conselho disso e aquilo. Ou recebe algo por fora”, disse. “É isso que não queremos aqui dentro da Assembleia Legislativa, que haja o recebimento por fora”, asseverou o presidente do legislativo.

Em março, o ex-deputado José Geraldo Riva afirmou à Justiça que 33 parlamentares recebiam uma espécie de mensalinho, dinheiro de origem ilegal. Botelho afirmou que “é melhor nós vivermos num sistema em que está todo mundo sabendo o que ele recebe e o que ele faz com isso daí”.

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