O Povo Paresi realizou a primeira colheita experimental de 35 hectares da soja preta na Terra Indígena Utiariti, município de Campo Novo do Parecis. O município fica a 397 km de Cuiabá.
A produção deve resultar em 700 sacas de sementes para o plantio da próxima safra, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Esta variedade do grão foi desenvolvida pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), com suporte técnico de cultivo feito pela Embrapa Cerrados (Planaltina-DF) e Embrapa Arroz e Feijão (Goiânia-GO).
A área cultivada de grãos nas Terras Indígenas do povo Paresi equivale a quase 2% do território demarcado. São 6.620 hectares de lavoura, de um total de 1,422 milhão de hectares, em sua maioria, de vegetação de cerrado nativo.
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De acordo com o presidente da Copihanama, Ronaldo Zokezomaiake, a cultura mecanizada melhorou a qualidade de vida para o seu povo. “Conseguiu dar condições para os jovens se formarem em cursos técnicos e de nível superior em diversas áreas do conhecimento e permanecerem morando nas aldeias”, diz.
O presidente da Funai, Marcelo Xavier, citou o exemplo do Povo Paresi ao falar da importância dos projetos de etnodesenvolvimento nas Terras Indígenas.
“Isso traz 20 milhões de reais ao ano, beneficiando diretamente 2 mil famílias e representa 1,5% do território deles. Foi desempenhado em áreas degradadas. É absolutamente sustentável”, afirmou.
(Com Assessoria)