Os senadores Jaime Campos (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL) assinaram o requerimento de instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar institutos de pesquisas.
O pedido foi apresentado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), um após o encerramento do primeiro turno da disputa para presidente. Até o momento foram coletadas 29 assinaturas.
Segundo ele, o objetivo da comissão é investigar “mediante exame técnico, os sistemas de realização de pesquisas eleitorais de intenção de voto pelas principais empresas e institutos do país, com a finalidade de aferir as causas das expressivas discrepâncias”.
A justificativa seria a diferença na votação a Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas daquilo que foi auferido pelas pesquisas de intenção de voto, até um dia antes da votação.
Porém, mesmo assinantes do pedido apontaram para o baixo impacto, de início, que a CPI poderá trazer. Jayme Campos afirma que, até a conclusão do trâmite no Senado e o início da investigação, o segundo turno já poderá ter acabado.
Ele não nega haja certa busca por espaço eleitoreiro em torno da CPI.
“Eu não sei se tem audiência para isso. Há todo um ritual a ser seguido [no Senado], e também sei se há motivo para a investigação. Pesquisa existe em todos os países; o que aconteceu aqui foi um processo normal do eleitorado, não vejo nada fora do comum”, afirmou.
Wellington Fagundes assinou o requerimento, mas não se manifestou sobre o objetivo da eventual CPI e nem porque aderiu a ela. Conforme a assessoria de imprensa, ele não deve opinar no momento.
O senador Carlos Fávaro (PSD) retornou ao cargo na quinta-feira (6) e ainda falou sobre o caso.
