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UFMT, enfim, revoga Resolução de obrigatoriedade do passaporte vacinal contra Covid-19

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UFMT, enfim, revoga Resolução de obrigatoriedade do passaporte vacinal contra Covid-19
(Foto: Ednilson Aguiar / O Livre)

Antes tarde, do que nunca… O COSUNI da UFMT, em 05/10/2022, revogou, por ampla maioria, a Resolução 56/2022 que obrigava os servidores e os estudantes a apresentarem comprovante de vacinação contra Covid-19 para adentrar ao local de trabalho ou realizar matrícula escolar, respectivamente. Foi constatada elevada evasão dos estudantes depois da adoção de tal medida na universidade.

Alguns professores, técnicos e estudantes vacinados e não-vacinados, desde fevereiro de 2022, travaram uma verdadeira batalha interna e na Justiça Federal contra tal Resolução do Consuni da UFMT por entenderem que a obrigatoriedade de uso da vacina experimental feria princípios e direitos fundamentais em um Estado Democrático, tais como o cerceamento da liberdade, do direito de ir e vir, do acesso à educação, da intimidade/privacidade do estado da saúde, da dignidade no trabalho, além de ser um processo discriminatório e que contraria a ética médica por não respeitar o consentimento personalíssimo dos indivíduos.

Recursos em desacordo com a Resolução destes servidores e estudantes sequer foram reconhecidos pelo Consuni, os quais já previam o desastre vindouro, inclusive da elevada evasão escolar. Ao buscar a justiça, obtive-se êxito em mandado de segurança (MS), mas, em seguida, foi cassado por decisão de Desembargador que se baseou principalmente no parecer do Ministro do STF Sr Ricardo Lewandowski em ADIN do Partido Rede Sustentabilidade. A UFMT perdeu prazo no MS, mas tamanha era a sanha do autoritarismo, que recorreram aos redutos sindicais para adentrar com Agravo de Instrumento na segunda instância.

A esquerda e a militância judicial castraram a liberdade das pessoas aproveitando-se da lei da pandemia expedida pelo Presidente Bolsonaro, mesmo após o fim da emergência em saúde pública. Atrocidades foram e ainda estão sendo cometidas pelo Brasil nas instituições de ensino com o falso discurso pró “saúde pública”, mas o que, de fato, importa não são pessoas, e sim as narrativas que conduzam o rebanho ao abatedouro eleitoral. Vão profanando tudo pela frente, incluindo a ciência e os direitos republicanos. O rol de narrativas insólitas prejudicou bastante a saúde das pessoas e conduziu a todos para uma espécie de transe coletivo sem sentido. Uma população aterrorizada se torna mais facilmente controlada. O Governo de Mato Grosso  emitiu Lei proibindo essa cobrança do passaporte, mas a UFMT não respeitou essa determinação e seguiu empenhada em tal cobrança mesmo diante de vários avisos.

Embora tenha sido orgulhosamente a primeira universidade no país a criar o ensino EAD, foi uma das últimas a iniciar o ensino remoto na pandemia. Sem contar tantos outros atrasos que dificultam a vida dos estudantes, incluindo os currículos ultrapassados dos cursos. Também, reconhece tardiamente a abominável regra que obrigava os estudantes a apresentar o comprovante vacinal contra Covid-19 para se matricularem. Vacinas que já se mostravam prejudiciais à saúde e até letais. A dor dos jovens não-vacinados impedidos do acesso à educação certamente é imensurável, inclusive dos que se sentiram constrangidos em apresentar tal documento, violando a sua intimidade. Todavia, boa parte foi sábia, preferindo evadir da instituição e salvar a própria vida ou saúde. Afinal, cá entre nós, só se vive uma vez. Ora vejam, foi a evacuação em massa desse hospício a la cubana que obrigou Mumm-Ra a sair do túmulo.

Servidores que contestaram tais medidas, através do diálogo e do processo legal, também foram perseguidos pela gestão, sendo intimidados constantemente por processos sigilosos de anotação de faltas na ficha funcional que, uma vez acumuladas, levariam a demissão sumária dos não-inoculados.

Outra piada recente, pasmem, foi o Comitê Covid da UFMT, recomendando a tal vacinação para a comunidade acadêmica. Nem a população leiga queria mais salvar esses inóculos do lixo. Fato que por si só, mereceria a suspensão imediata da vacinação pelo Estado brasileiro. Sugeriram, então, a manutenção de uma orientação somente para justificar a continuidade da cobrança do passaporte sanitário que sequer detinha base de sustentação científica.  O uso dos inóculos disponíveis na rede não faz mais sentido algum desde a Ômicron, pois justamente a SPIKE estava mutada e uma vacinação com tais inóculos não imunizaria as pessoas contra as variantes circulantes.

Quem quiser consultar as planilhas do SGAR SUS vai descobrir que após agosto de 2021, as mortes por Covid se intensificaram com o avanço da vacinação por tais inóculos experimentais. Que a infecção natural pela cepa Ômicron, nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, protegeu nossa população da infecção pelas suas variantes posteriormente. E, os vacinados foram bem mais acometidos, especialmente após março/22. Isto é, a imunidade natural protegeu nosso povo na quinta onda, mas decaiu a proteção dos vacinados. Como assim? Que houve maior frequência na necessidade de suporte ventilatório e maior índice de letalidade nos indivíduos vacinados. Fatos públicos e notórios presentes na planilha do SUS de março a agosto de 2022. No entanto, parece que não há disposição de diálogo no país sobre os robustos dados do SUS. O banco de dados do SUS contém cerca de 1.5 milhão (2021) e 400 mil (2022) casos de hospitalizações por Covid-19, com informações sobre a condição clínica e vacinação dos pacientes.  São dados tão robustos que derrubam quaisquer achismos pseudointelectuais, pois representam a realidade nua e crua do que foi a Covid moderada a grave nos hospitais brasileiros e os impactos da tal vacinação em massa.

A doença prolatada pelo Presidente, na verdade não é AIDS, mas muito pior, pois se trata de uma autoimunidade mediada por anticorpos antiidiotípicos, a qual parece acometer mais de 80% dos indivíduos após a segunda dose das vacinas contra Covid e, ao que tudo indica, é o principal fator relacionado a mortes e aos eventos adversos graves pós-vacinais. Trata-se, possivelmente, da indução pela proteína SPIKE do vírus Sars-Cov-2 de uma resposta imune anti-ACE2 e anti-proteínas próprias do corpo humano.

Esse tipo de resposta mimética molecular já é conhecida há décadas, resultou até em prêmio Nobel na medicina. Respostas imunes, particularmente decorrentes de estímulos sucessivos seja por vacinas ou recidivas infecciosas, aumentam as chances da imunidade cruzada. Logo, um teste primordial de segurança das vacinas é a pesquisa de autoanticorpos antiidiotípicos. Anticorpos que são induzidos por estímulos ambientais mas vão atuar contra proteínas próprias do corpo.

A proteína ACE2 é um componente central de regulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona presente principalmente no cérebro, pulmão e coração, mas que também é encontrada por todo o corpo. A supressão dessa proteína por autoanticorpos pode levar a uma série de alterações fisiológicas agudas. Doenças neurodegenerativas, pulmonares, cardiovasculares, descompensações (diabetes, hipertensão, etc), cefaleias, esterilidade, distúrbios hormonais, infecções latentes e oportunísticas podem se intensificar, surgir ou ressurgir com maior gravidade após a supressão de ACE2.

Na pandemia, começamos a desvendar a importância gigantesca da ACE2 na regulação do nosso corpo. Todas as vacinas atuais administradas na população têm como alvo a proteína SPIKE, até mesmo as inativadas e atenuadas por ser uma molécula imunodominante no vírus.  O perigo aumenta com as novas tecnologias pois não se sabe onde o IFA vai se alojar no corpo e causar inflamação, podem migrar para qualquer parte e causar lesão. Num segundo estímulo ou em sucessivos, a inflamação exacerba nesses locais onde tais moléculas se alojam. É urgente a realização de pesquisas que investiguem níveis de marcadores inflamatórios tais como anticorpos anti-ACE2, ACE2, ACE1, entre outros, na população vacinada.

As empresas não forneceram esses dados de segurança? Pelo contrário, se locupletaram de dispositivos legais que as isentavam de responsabilidades.  Será que um dia vão fazer a mea-culpa como fez a UFMT reconhecendo tão grave erro? Infelizmente, parece um absurdo e extremamente difícil para nós compreender que as vacinas contra a Covid nos deixaram em pior condição quando se compara aos não-vacinados. A realidade para quem tomou mais de uma dose está estampada nos dados do SUS. E, agora, muitos vacinados, até os que discordavam na convivência com os não-inoculados, terão pela frente um futuro mais incerto, numa espécie de novo normal com o corpo anormal.  Isto é, poderão adoecer mais vezes, com maior dificuldade de cura, suas inflamações silenciosas exacerbarão outras patologias (as ites), suas dores e desatinos ficarão mais frequentes. Então, no momento atual, quem vai ter mais pavor em conviver com o outro nesse duelo épico entre inoculados e não-inoculados? Era muito comum ouvirmos na universidade pessoas dizendo: “eu não quero conviver com não-vacinado”. Eles espalham doenças, etc! E, agora? Parece que o jogo virou!

Melhor quadro para identificar a autoimunidade nos dados do SUS é observar o quanto as mulheres foram prejudicadas com essas vacinas em relação aos homens. As mulheres e os jovens produzem menos ACE2 comparado aos homens adultos, logo a imunossupressão desta proteína causou aumento nos índices de Covid e gripe nos vacinados e de forma mais agravada. Os casos de gripe nos vacinados para Covid foram 3X maiores comparado aos não-inoculados, mesmo tendo maior cobertura para Influenza. Resultado disso, a imunidade pelas vacinas convencionais para outras doenças pode ter sido comprometida com os inóculos para Covid, uma vez que causam imunocomprometimento like-AIDS. Outro fator negativo, é a desconfiança no imunoprofilático o que leva a hesitação para as outras vacinas seguras, reduzindo a cobertura na população.  Meninginte, Herpes zoster, herpes simples, ISTs, AIDS, tuberculose, sarampo, poliomelite, coqueluche, zoonoses (dengue, etc) entre tantas outras infecções vão, possivelmente, reemergir e explodir, não apenas pela baixa cobertura, mas porque o terreno para elas foi bem picado em 2021 e 2022.

Impossível citar num texto jornalístico toda a magnitude de problemas decorrentes da imunossupressão das proteínas regulatórias de papel central em nosso corpo, porém comece a prestar mais atenção no teu corpo. A partir de 2021 ou 2022, particularmente após a segunda dose, o que você tem sentido de diferente? Certamente, vai achar inúmeras coisas diferentes ocorrendo contigo e a relação mais provável se deverá a intensificação das inflamações, maior vulnerabilidade dos órgãos e queda de resistência imune.

No entanto, não se preocupe! Lembra daqueles medicamentos espraguejados na pandemia? Aqueles que tinham efeito anti-inflamatório usados em várias doenças, incluindo autoimunes, mas que foram severamente condenados pelas narrativas que buscavam somente o caos na sociedade. Atualmente, não só estão sendo muito usados na profilaxia e tratamento da Covid, como também estão sendo empregados para controlar as doenças inflamatórias supostamente decorrentes dos inóculos.

Não tem como passar por tempos sombrios sem relembrar a Alemanha nazista. No início daquelas trevas, a propaganda de Hitler foi tão eficiente em seduzir o povo alemão, naturalizando os judeus como impuros, pois lhes atribuía a culpa pelo surto de tifo e até mesmo de raquitismo (em crianças segregadas, com frio e fome) como traço contagioso da raça. Funcionou tão bem a discriminação que até foi criada uma lei obrigando os judeus a usarem uma faixa branca com uma estrela amarela escrito JUDE. Quando a nação alemã despertou, já era tarde demais e veio a humilhação severa, contaminando gerações.  Quem puder assista o filme: Gueto de Varsóvia.  A história das infecções humanas está repleta de situações como esta, onde lideres mal intencionados utilizam da histeria, do pânico, do pavor e do terror social coletivo para cometer injustiças e perpetuar tiranias.

O comprovante vacinal para Covid-19 nas instituições públicas tem sido também uma marca simbólica, que similarmente a faixa nazista, vem sendo empregado para segregar vacinados (puros) de não-vacinados (impuros), em especial, devido ao período eleitoral, e é extremamente eficaz na separação da tribo que adota o que chamam de “ciência” (comércio) daqueles que seriam negacionistas, anticiência, entre outros estereótipos negativos para subjugá-los como “Bolsonaristas”. Tal medida persecutória seria eficaz para o banimento forçado das pessoas, seja por exoneração de servidores ou pela suspensão da matrícula dos estudantes. A imposição do comprovante vacinal servia tão somente para cassar injustamente os indivíduos não-vacinados, estereotipados como bolsonaristas, porque não há base científica capaz de sustentar tamanho absurdo.  Só se esqueceram que todo gado marcado tem dono e que,  felizmente, muitos não se submeteriam à marca.

Agora, com a realidade em que muitos já sentem os dissabores da picadinha e se ouve, cada vez menos, os jargões que emparedavam as multidões como “vacina salva”, “vacina sim”, etc. Também, já não querem mais ser cobaias para outras doses, pois temem a própria ruína. Temos que aplaudir de pé quem, durante a pandemia, suportou a maior perseguição ideológica no mundo e não se submeteu ao que pode ter sido a pior tragédia do século.

A partir dessa mea-culpa da UFMT, espera-se que as demais universidades públicas brasileiras revejam seus atos, parem de agir político-ideologicamente e protejam a saúde e a vida dos seus administrados, e acima de tudo, respeitem o bem mais precioso de uma nação, a liberdade.

Alexandre Paulo Machado, Professor Associado, Microbiologista, Faculdade de Medicina, UFMT

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