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Partidos nanicos articulam criação de frente

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Partidos nanicos articulam criação de frente

Ednilson Aguiar/O Livre

Prefeitura apresenta projeto da LDO aos vereadores

Nanicos querem unir forças para eleger deputados estaduais em 2018

Pelo menos sete partidos considerados nanicos, mas que têm representantes eleitos na Câmara de Cuiabá, podem unir forças visando as eleições de 2018. O objetivo é aumentar a competitividade das siglas na disputa pelas vagas de deputado estadual e federal.

O grupo vem sendo articulado pelo presidente do PROS em Mato Grosso e primeiro-secretário do Legislativo da capital, Dilemário Alencar, segundo quem há uma regra básica para integrar a possível futura coligação: o partido não pode ter deputados que disputarão a reeleição no ano que vem.

“A ideia de que não aceitemos partidos que tenham deputados já eleitos é porque, com isso, damos maior poder de competitividade para nossos integrantes”, explica.

A expectativa, ainda de acordo com ele, é que a chamada “frentinha” conquiste, ao menos, duas das 24 vagas da Assembleia Legislativa e, quem sabe, uma das oito destinadas a Mato Grosso na Câmara Federal.

“Nessa frentinha, um parlamentar poderá se eleger com 15 mil votos. Se a gente fosse se coligar com um PMDB ou um PSDB, por exemplo, que são os partidos maiores, teríamos que fazer, no mínimo, 25 mil votos”, pontua.

Participam das negociações para formação do grupo legendas como o PRP, do vereador e líder do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) na Câmara, Lilo Pinheiro; o PSDC, do vereador Elizeu Nascimento; o PTdoB, de Juca do Guaraná; o PSL de Wilson Kero Kero; o PRTB, de Marcrean Santos; e o PTC, de Edemir Xavier.

Apoio à majoritária
Dilemário trabalha com a previsão de que a frentinha tenha de cinco a oito partidos. Caso isso se concretize, o grupo teria, de acordo com ele, uma base municipal formada por cerca de 160 vereadores e mais de 30 prefeitos eleitos em Mato Grosso.

O parlamentar sustenta que as discussões sobre apoio a um candidato ao governo ou ao Senado só devem ocorrer em 2018. Avalia, todavia, que, se a frentinha ganhar o tamanho que espera, chamará atenção por si só dos futuros postulantes a estes cargos, o que deve dar força política as legendas que compuserem a coligação.

Reforma política
O presidente do PROS sabe, no entanto, que todo o esforço para reunir os partidos pode ser frustrado com a votação do projeto da reforma política que tem previsão de ser apreciado pelo Senado até o dia 30 de setembro.

Entre as possíveis mudanças nas regras eleitorais – que passariam a valer já nas eleições de 2018 – estão o fim das coligações e alteração do sistema proporcional pelo voto distrital para eleger parlamentares.

Caso as alterações ocorram, a estratégia traçada por Dilemário seria inútil. Com o fim das coligações, os partidos sequer poderiam se unir. Já o voto distrital não ajudaria os candidatos da frentinha porque, com ele, só seriam eleitos os candidatos com mais votos.

“Ao mesmo tempo que estamos conversando, estamos de olho se vai acontecer alguma mudança na regra eleitoral. Mas, a princípio, a ideia da criação da frentinha tem surtido muita simpatia entre os líderes dos partidos menores”, pondera.

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