O uso crescente de medicamentos para perda de peso, como o Ozempic e o Wegovy, está causando um impacto significativo nos padrões de compra dos consumidores nos supermercados. O CEO do Walmart, John Furner, falou sobre o assunto em uma entrevista à Bloomberg – empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacional em todo o mundo. Na ocasião, ele revelou que a empresa observou uma redução nas compras de comida por pessoas que usam esses medicamentos.
Para chegar a essa conclusão, o Walmart comparou pessoas com o perfil semelhante. Uma parte delas usa os remédios que levam ao emagrecimento e a outra parte não.
Vale lembrar que o Ozempic vem ganhando popularidade no Brasil, impulsionado pela promessa de emagrecimento. A plataforma Consulta Remédios relatou um aumento expressivo na busca pelo medicamento. Houve um crescimento de 91% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o último semestre de 2022.
Alertas para indústria de alimentos processados e fast food
Análises recentes apontam que medicamentos como o Ozempic representam um risco para empresas de fast food e fabricantes de alimentos processados. Dessa forma, além de inibir o apetite, esses medicamentos reduzem o desejo por substâncias viciantes. O fato preocupa as empresas como a PepsiCo, Lay’s, McDonald’s e a fabricante de cigarros Altria.
Impacto do Ozempic nas fábricas de alimentos
Enquanto isso, segundo o The Wall Street Journal, fabricantes de alimentos doces e salgados podem estar particularmente vulneráveis, dada a combinação de inibidores de apetite com preços mais altos de alimentos em supermercados.
Crescimento do Consumo de Ozempic no Brasil
Muitas farmácias já possuem até lista de espera para o uso do Ozempic. Contudo, os usuários devem ficar atentos aos efeitos colaterais, entre eles flacidez em várias partes do corpo, diarreia, náuseas, vômitos, constipação e refluxo.
Embora o uso do Ozempic para emagrecimento ainda não seja aprovado no Brasil, a Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) emitiram um alerta sobre os riscos associados ao uso indiscriminado do medicamento e os possíveis impactos para pacientes que precisam do medicamento para controlar a diabetes tipo 2. A supervisão médica é crucial ao considerar o uso desses medicamentos.