Mayla Miranda
A Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde foi duramente cobrada pelo prefeito do município Luiz Binotti (PSD), que procurou a imprensa para denunciar uma suposta “operação tartaruga” no Legislativo.
De acordo com o chefe do Executivo, o presidente da Câmara, o vereador Jiloir Pelicioli, o Mano, não colocava em pauta a votação de recursos para a saúde no valor de R$ 1,8 mihões que seria destinado a Fundação Luverdense de Saúde a custear as despesas com os serviços prestados pela empresa Proclin, no que se refere ao atendimento das UTIs Adulto e Neonatal.
Para solucionar o problema, Binotti convocou a imprensa e denunciou a demora da votação dos projetos.
“É o presidente da Câmara que tem que pautar os assuntos. Gostaríamos de saber o porquê de os projetos do Executivo não serem pautados, não serem colocados para a apreciação dos demais vereadores! Há coisas importantes a serem debatidas; coisas que são de urgência para o povo de nossa cidade”, disse Binotti.
O prefeito ainda fez questão de ressaltar que mesmo quando vereadores da base tentam incluir projetos importantes não conseguem. “Nós temos que esclarecer para o nosso cidadão que o executivo está fazendo a sua parte, mas que as coisas precisam passar pelo legislativo, mas não podemos aceitar essa operação de lentidão que está acontecendo hoje na Câmara”, ressaltou.
A maior reclamação do prefeito e dos vereadores descontentes com a presidência da Câmara diz respeito ao não pautar projetos protocolados em tempo hábil. Um dele, indicam os vereadores, se trata do repasse de recursos do Poder Público para a manutenção e subsídio da UTI do Hospital São Lucas.
Já o vereador Airton Callai (PSB) questionou ainda os motivos da não votação, “Quando é para o hospital regional de Sorriso, tem até votação extraordinária, quando é para o município de Lucas do Rio Verde não vota”, questionou.
Rebatendo as acusações o presidente da casa Jiloir Pelicioli disse que antes mesmo da coletiva do prefeito Binotti ser marcada a sessão extraordinária para a votação dos recursos já estava marcada na Câmara.
“Na verdade o que acontece é que muitas vezes eles querem empurrar as coisas a toque de caixa entro da câmara sem passar pelos tramites legais. Esse projeto tinha sido pedido vistas, por isso ainda estava tramitando. Nós temos compromisso com o nosso povo luverdense e não trabalhamos com lentidão ou nada do tipo”, rebateu o presidente.
Jiloir disse ainda que uma prova do modus operandi da atual gestão é que somente ontem (1º), teria sido protocolado na Casa o pedido de aprovação do projeto Show Safra, evento que será realizado ainda neste mês.
“Eles deixam as coisas em cima da hora e quer sair atropelando sem nos dar tempo de discussão ou de verificação da legalidade, essa é a verdade”, enfatizou.