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Operação gerou crise grave, avaliam entidades

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Operação gerou crise grave, avaliam entidades

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), avaliaram como grave a crise causada no setor da carne depois da operação da Polícia Federal, Carne Fraca, vir à tona.  Em nota, as entidades garantiram que estão conversando com as principais lideranças do país para não deixar que o Estado seja atingido de forma mais severa, mas afirmam que a questão da segurança dos alimentos já atinge toda a cadeia produtiva da proteína.

O documento cita ainda a preocupação em razão dos milhões de empregos que a indústria frigorífica gera, bem como sustento de outros milhões de produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes. No texto, destacam que os eventos são pontuais e que mesmo os países com baixo índice de corrupção não estão livres da má conduta de alguns profissionais. “É só relembrarmos a crise da Vaca Louca na Inglaterra ou a venda de carne de cavalo para consumo humano na França”, diz trecho.

As entidades classistas, reiteram a confiança no Serviço de Inspeção Federal Brasileiro, no entanto, a imagem do Brasil foi arranhada. “Vamos trabalhar arduamente para restaurar a confiança em nossa carne e em nosso trabalho”. Por fim, dizem apoiar o governo e o setor indústrial neste momento em que consideram que extrema delicaliza. “Esta tempestade vai passar, nossa produção é forte, consolidada e de qualidade”.

A Operação Carne Fraca investiga corrupção de fiscais do Ministério da Agricultura, suspeitos de receberem propina para liberar licenças de frigoríficos. Além de corrupção, a PF também apura a venda, pelos frigoríficos, de carne vencida ou estragada, dentro do Brasil e no exterior. As investigações envolvem empresas como a JBS, dona de marcas das  Friboi, Seara e Swift, e a BRF, dona da Sadia e Perdigão, além de frigoríficos menores, como Mastercarnes, Souza Ramos e Peccin, do Paraná, e Larissa, com unidades no Paraná e em São Paulo.

Confira a nota na íntegra:

Desde o início da crise deflagrada pela Operação Carne Fraca da Polícia Federal, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) têm acompanhado as notícias e conversado com as principais lideranças do país.
Inegavelmente, o caso é grave e nos causa grande preocupação porque, nesta ordem, envolve a segurança dos alimentos que são colocados nas mesas de nossas famílias, atinge toda a cadeia produtiva brasileira de produção de proteína animal, coloca em risco o emprego de milhões de empregados da indústria frigorífica e o sustento de outros tantos milhões de produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes.
Os casos levantados pela Operação Carne Fraca são crimes e preocupantes sim, mas destacamos mais uma vez, são pontuais. Lembremos que mesmo os países onde a corrupção é praticamente inexistente não ficaram livres da má conduta de alguns poucos profissionais. É só relembrarmos a crise da Vaca Louca na Inglaterra ou a venda de carne de cavalo para consumo humano na França.
O Serviço de Inspeção Federal Brasileiro é considerado um dos mais eficientes e rigorosos do mundo. E não poderia ser diferente diante da posição de liderança mundial na produção de alimentos que o país conquistou e da confiança dos mercados consumidores mais exigentes do planeta que fazem inspeções regulares para averiguar a qualidade dos produtos que compram e que consomem.
Rapidamente as autoridades e lideranças do setor se reuniram para tratar do assunto de forma responsável, garantindo em diversas manifestações que os problemas são pequenos se comparados ao número total de indústrias e colaboradores que compreendem a cadeia. No entanto, o arranhão na imagem do Brasil foi feito e precisaremos trabalhar arduamente mais uma vez – nós produtores rurais, nós lideranças das entidades representativas e o Governo – para restaurar a confiança em nossa carne e em nosso trabalho.
A Famato e a Acrimat entendem que o momento é de incertezas e de acomodações no mercado e manifestam apoio ao setor industrial e ao governo na negociação e certificação da qualidade da carne produzida no país.
As entidades discordam das empresas que utilizam o atual momento para manipular o mercado e pressionar o preço da arroba. A produção de carne em Mato Grosso, bem como em todo o Brasil, depende da parceria de todos os integrantes da cadeia produtiva.
Esta tempestade vai passar – como tantas outras que enfrentamos – porque nossa produção é forte, consolidada e de qualidade.  #carnebrasileira #carneforte #orgulhodeseragro

FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DE MATO GROSSO – FAMATO
ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO – ACRIMAT

 

 

 

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