Consumo

Número de devedores em MT cai em julho, mas é maior do que em 2022

A faixa etária com o maior número de devedores é entre 30 e 39 anos e o setor com a maior quantidade de dívidas a receber são os bancos

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Número de devedores em MT cai em julho, mas é maior do que em 2022
(Foto: Drazen Zigic / Freepik)

Segundo dados do Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL Cuiabá, levantados junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), na passagem de junho para julho, houve uma queda no número de devedores em Mato Grosso em -0,98%, representando cerca de 11.152 pessoas. Na mesma comparação, a média da região Centro-Oeste foi de -0,41%, enquanto no país a média ficou em 0,16%.

Apesar da queda registrada em Mato Grosso, quando comparado com o mesmo período de 2022, o número de inadimplentes registrou um aumento de 2,30%, ou seja, aproximadamente 25.335 a mais com dívidas. Porém, ainda assim, abaixo da média nacional (6,79%) e da região do Centro-Oeste (3,90%).

Em termos de faixa etária, a maior participação de devedores em julho foi entre 30 a 39 anos (26,49%), seguida pelas faixas de 40 a 49 anos (21,57%), 50 a 64 anos (18,58%), 25 a 29 anos (13,71%), 65 a 84 anos (9,33%), 18 a 24 anos (9,10%) e 85 ou mais (1,15%), apresentando dessa forma uma média de idade de 42,9 anos. A participação por sexo segue bem distribuída, sendo 53,74% homens e 46,26% mulheres.

O levantamento revelou também que, em julho de 2023, cada consumidor negativado de Mato Grosso devia, em média, R$ 4.558,42 na soma de todas as dívidas, sendo 30,16% com dívidas no valor de até R$ 500; 13,84% entre R$ 500,01 a R$ 1.000; 19,96% entre R$1.000,01 a R$2.500; 20,06% entre R$ 2.500,01 a R$ 7.500 e 15,97% acima de R$ 7.500. O valor total para pagar as dívidas de toda população do Estado é de R$ 5.137 bilhões.

O tempo médio de atraso dos devedores negativados em Mato Grosso é igual a 25,4 meses, sendo que 35,41% deles possuem tempo de inadimplência entre 1 a 3 anos.

Evolução do número de dívidas

Na passagem de junho para julho, o número de dívidas caiu -1,52%. Na região Centro-oeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de -1,18% e no nacional -0,62%.

Já no comparativo com o mesmo período do ano passado, o número em Mato Grosso aumentou em 7,41%, enquanto a média da região Centro-oeste apresentou aumento em 10,52% e a média nacional de 14,22%.

Quando analisados os setores com maior participação em dívidas a receber, o maior continua sendo os Bancos, com 45,86% do total delas, seguido de comércio (28,97%), água e luz (12,97%), comunicação (4,42%) e outros (7,78%).

Número médio de dívidas por devedores

Em Julho de 2023, cada consumidor inadimplente tinha, em média, 2,103 dívidas em atraso. O número ficou abaixo da média da região Centro-Oeste (2,118 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,061 dívidas para cada pessoa inadimplente).

No total, a população economicamente adulta possui 2.370 bilhões de dívidas em atraso.

Número de Devedores

O SPC Brasil estima que em Julho de 2023 havia 66,11 milhões de consumidores pessoa física negativados no Brasil, o que representa 40,51% da população adulta do país.

Já em Mato Grosso o número fica próximo a 1.126 milhão, representando aproximadamente 57,17% da população adulta do Estado.

Análise de Dados

Quando analisados os setores, os Bancos tiveram uma queda de -1,61% na participação em dívidas a receber, água e luz -1,37%. Já o comércio teve um aumento de 1,51% nessa participação e a comunicação um acréscimo de 1,38%.

Com base nesses dados pode-se observar que o aumento de programas de incentivo financeiros realizados pelos bancos e empresas privadas têm contribuído para a queda das dívidas. A tendência é que esses números continuem reduzindo por conta do aumento dessas campanhas.

“Fica evidente, portanto, que há um desafio a ser enfrentado. Para superar essa situação e cultivar um cenário mais positivo, é crucial adotar medidas estratégicas voltadas à educação financeira da população, aliadas à implementação de políticas públicas e privadas que incentivem uma maior capacidade de pagamento e acesso ao crédito. O Cadastro Positivo, por exemplo, se destaca como uma ferramenta valiosa, permitindo que informações sobre o histórico de pagamentos dos cidadãos sejam consideradas, contribuindo para um perfil de crédito mais preciso e detalhado”, pontuou o superintendente e responsável pelo Núcleo, Fábio Granja.

Ainda segundo Granja, enfrentar o desafio da inadimplência requer uma abordagem abrangente e colaborativa, unindo forças dos setores público e privado.

“Ao trabalhar em conjunto para promover a educação financeira, a implementação de ferramentas como o Cadastro Positivo e a disseminação de práticas saudáveis de consumo, podemos criar um ambiente propício para o crescimento financeiro e à responsabilidade, inspirando assim um futuro mais estável e próspero para todos os cidadãos de Mato Grosso”, finalizou.

(Com Assessoria)

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