Ednilson Aguiar/O Livre
Carro da Polícia Federal em frente ao Tribunal de Contas do Estado durante operação
O Estado de Mato Grosso é o segundo com maior número de servidores públicos presos em operações da Polícia Federal desde 2013. O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de São Paulo com base em informações obtidas pela Lei de Acesso à Informação e publicado nesta terça-feira (02).
Em números absolutos, o Paraná ocupa o primeiro lugar do ranking com 86 prisões entre 2013 e março de 2017. Mato Grosso vem logo atrás com 70 prisões no período, seguido por Minas Gerais (55), Rio de Janeiro (54) e Pará (53).
De acordo com o jornal, as prisões em todo o país acontecem devido à utilização de métodos desenvolvidos pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Os investigadores se utilizam de cruzamento e análise de documentos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU), além de conduções coercitivas e delações premiadas para desarticular quadrilhas instaladas na administração pública. As conduções coercitivas foram proibidas por uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro.
No comparativo entre o número de servidores presos em relação ao número de habitantes, Mato Grosso cai para o quarto lugar. Ao todo, 21 servidores estaduais foram presos pela Polícia Federal a cada 1 milhão de habitantes no Estado. Neste quesito, Roraima lidera com 29 servidores a cada 1 milhão de habitantes.
Os dados foram obtidos junto à Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor) da Polícia Federal, com informações sobre 2.325 operações realizadas entre janeiro de 2013 e março de 2017 em todo o país.