Cidades

Mensalidades de escolas e universidades aumentam vertiginosamente; e agora?

Neste ano, as quarentenas obrigatórias prejudicaram alunos e instituições

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Mensalidades de escolas e universidades aumentam vertiginosamente; e agora?

As escolas e instituições privadas de ensino no Brasil tiveram um boom de reajustes nas mensalidades. De um lado alunos e pais inconformados com os preços. De outro, o sistema privado aponta as perdas com a crise financeira causada pela covid-19.

Nesse cabo de guerra não há conselho melhor do que “encontrar o denominador comum”. A orientação é do advogado Giovane Albuquerque, membro  da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-MT.

“Ainda há celeuma de como será o próximo ano. As aulas permanecerão pela internet? Quando haverá esse retorno para o presencial?”, questiona o advogado, Para ele, diante do cenário obscuro, a melhor forma de saída é a negociação entre os dois lados.

Entre o aluno e a instituição existe uma relação de consumo e o consumidor não pode ser prejudicado. Por isso, a dica é: “fique de olho e peça o detalhamento das despesas. É uma forma das instituições comprovarem os gastos e investimentos, se houveram”.

Em julho, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino (Sinepe) divulgou um balanço com a informação de que 40% dos alunos matriculados interromperam o contrato por causa da paralisação das aulas e outros 40% estavam com a mensalidade atrasada.

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E, se há um vínculo de consumidor, outro ponto de vista que deve ser observado é a qualidade do serviço prestado. “Alguns professores não têm a didática para fazer a aula por videochamada. Tivemos muitas reclamações nesse sentido”, diz Giovane.

Segundo Giovane, o Procon deve realizar as fiscalizações, a OAB produzir cartilhas informativas para que os consumidores se mantenham informados.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Direito do consumidor

Um senador bem que tentou proibir os reajustes nas mensalidades, tanto de escolas particulares como de universidades. Em setembro, Rogerio Carvalho (PT-SE) apresentou um projeto de lei no Congresso.

A ideia era que as instituições cobrassem valores superiores aos já praticados em 2020. Em caso de descumprimento, elas ficariam sujeitas às multas definidas no Código de Defesa do Consumidor.

A proposta, porém, deixou de tramitar a pedido do próprio autor.

Em Mato Grosso, o Ministério Público do Estado também interveio. O órgão encaminhou uma recomendação às escolas particulares para que não reajustassem as mensalidades de 2021.

A recomendação foi feita ao Sinepe. O documento também orienta que sejam reduzidas as mensalidades de 2020 

A 8ª Promotoria de Justiça Cível de Tutela Coletiva da Educação disse que a rescisão de contrato deve ser realizada sem pagamento de qualquer encargo, quando for ocasionada por situação absolutamente imprevisível e não por culpa de quaisquer das partes. 

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