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Médicos nas redes sociais: CFM cria regras para post profissionais

Fotos com pacientes? Imagens de instrumentos e aparelhos? Saiba o que os médicos podem ou não públicar a partir de agora

2 minutos de leitura
Médicos nas redes sociais: CFM cria regras para post profissionais
(Foto: Freepik)

Você segue algum médico nas redes sociais? Já tinha pensado que a profissão exige um certo grau de “bom-senso” no uso dessas mídias? Pois bem, agora exitem regras! O Conselho Federal de Medicina (CFM) acaba de anunciar uma regulamentação sobre a forma como médicos se promovem nas redes sociais.

Um dos itens mais comentados da regulamentação é a permissão para que médicos continuem publicando imagens de “antes e depois” de tratamentos, inclusive procedimentos estéticos. Para isso, no entanto, precisarão do  consentimento prévio dos pacientes.

Também se mantém permitida a publicação de selfies com pacientes. No caso de pacientes famosos, única ressalva é que as postagens não prometam resultados semelhantes a outra pessoas.

Esses profissionais também vão poder:

  • publicar explicações detalhadas sobre tratamentos,
  • compartilhar seus dias de trabalho,
  • repostar comentários e elogios de pacientes satisfeitos,
  • divulgar imagens de suas clínicas, equipamentos de trabalho,
  • divulgar preços de consultas e informações de contato.

Todas as publicações, entretanto, devem estar acompanhadas de uma identificação desse profissional. Os médicos terão que divulgar claramente seu nome, número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e, quando aplicável, o número do Registro de Qualificação de Especialista (RQE).

No caso de perfis de clínicas e hospitais, as publicações devem fornecer informações sobre os diretores técnicos médicos com CRM e, se aplicável, também o RQE.

Na lista das coisas proibídas aos médicos nas redes sociais estão:

  • publicidade de empresas ou marcas,
  • venda de qualquer tipo de produto,
  • desaconselhar a vacinação.

Os médicos têm até o dia 11 de março de 2024 para se adequar às mudanças.

Evolução nas redes sociais

A regulamentação do CFM repercutiu na internet. No LinkedIn, diversos profissionais envolvidos com o setor comentaram o assunto.

Thaís Novais, especialista em Marketing Médico, escreveu que as regras “refletem a evolução das redes sociais nos últimos anos e o desejo dos médicos de terem mais liberdade para compartilhar informações relevantes”. Para ela, a resolução deve garantir o “caráter informativo e educativo em todas as publicações”.

Ana Paula Delgado, especialista em Gestão de Clínicas Médicas, lembrou, também em um post no LinkedIn, que as novas regras foram debatidas ao longo de 3 anos. Durante esse período, segundo ela, mais de 2,6 mil sugestões de profissionais da área foram recebidas em uma consulta pública.

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