Mato Grosso vai fechar 2023 com o mercado de trabalho maior, mas com entrave por falta de mão de obra. O compilado de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostra que mais de 50 mil novas vagas de emprego foram abertas até novembro.
Foram formalizadas 581.405 contratações e 528.163 baixas em carteira. O saldo do ano até o momento é de 53.242 pessoas a mais no mercado de trabalho. Novembro teve saldo negativo e dezembro deve seguir a mesma tendência.
O resultado prolonga a situação de mercado de trabalho aquecido. No fim de 2022, havia a estimativa de que Mato Grosso atingiria o nível de pleno emprego, quando menos de 4% da população economicamente ativa está desempregada.
O nível de pleno emprego foi oficializado em março, e de lá pra cá houve análises negativas de que a expansão econômica do estado estava represada por falta de mão de obra. O governador Mauro Mendes disse na época que os cronogramas das obras estavam mais lentos porque as empreiteiras não conseguiam fazer contratações.
O problema foi apontado novamente esta semana. Segundo o governador, a falta de mão de obra travou a reforma de várias unidades de saúde em Cuiabá durante a intervenção. Apenas 13 das 30 reformas previstas foram entregues.
“O grande problema de Mato Grosso hoje é a falta de mão de obra. É um problema bom, é. Mas isso tem efeito nas obras públicas. Neste ano, cobramos empresas para avançar com obras, encerramos contratos sem respostas e a segunda empresa contratada teve o mesmo problema”, afirmou.
O Brasil acumulou 1.914.467 postos de trabalho de janeiro a novembro. Os estados com maior saldo foram São Paulo (mais 551.172 empregos, com crescimento de 4,2%), Minas Gerais (saldo de 187.866) e Rio de Janeiro (mais 165.701).