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Mais de 1,5 milhão de preservativos serão distribuídos em MT

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Mais de 1,5 milhão de preservativos serão distribuídos em MT
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Há menos de uma semana do Carnaval, as propagandas na televisão e no rádio já dão o conhecido alerta: “sexo, só se for com camisinha”. E não é por menos: de 2007 a 2018 foram notificados 6.303 casos de Aids, de acordo com o levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Como parte da intensificação dos trabalhos para o Carnaval, a secretaria já garantiu que 1,5 milhão de preservativos devem ser distribuídos em todo o estado. Destes, 1 milhão apenas para Cuiabá e Várzea Grande, onde está concentrado quase 900 mil habitantes dos 3,4 milhões de Mato Grosso, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estado não figura no ranking como um dos que tenham maior número de casos de Aids no país, já que Mato Grosso é um dos 10 estados menos populosos. No entanto, os números preocupam se levado em consideração a proporção de casos por habitantes. Em 2014, a taxa de detecção da doença chegou a incríveis 20,5 casos por 100 mil habitantes. E mesmo com a queda deste número – 12,8 casos para 100 mil habitantes em 2017 – ainda existe preocupação do poder público sobre o diagnóstico.

“Essas pessoas estão se infectando muito jovens, em especial no público de 18 a 28 anos”, garante a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Moraes. Por esse motivo, ações não só para períodos pontuais como o Carnaval, mas a longo prazo como é o caso do Programa Saúde na Escola (PSE), que tem como foco a prevenção a diversas doenças, entre elas a Aids. Somente no ano passado, 131 municípios aderiram ao PSE.

Um dos módulos deste programa trata da sexualidade e da transmissão de DSTs. Na opinião de Alessandra, o tema é preciso ser discutido dentro de escolas porque a maior parte dos jovens não sabe como é a vida de uma pessoa com Aids, já que o ápice da doença foi na década de 80 e com o avanço da medicina e dos medicamentos, os portadores já tem mais qualidade de vida. Entretanto, o sexo ainda é visto como tabu, em especial dentro das escolas.

Sexo sem proteção. E agora?

O Carnaval não é especificamente a época com maior número de notificações de casos de Aids, mas é um período de maior vulnerabilidade. Usar ou não o preservativo depende exclusivamente de uma decisão própria. Mas até para casos de pessoas que tenham se exposto a relações sexuais de risco, existem alternativas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

É o caso da Profilaxia Pós-Exposição (PEP), uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), que consiste no uso de medicamentos retrovirais durante 28 dias. Este tipo de atendimento é oferecido nas unidades de saúde dos municípios e deve ser procurado com no máximo 72 horas após a relação sexual ter acontecido.

Em Cuiabá, este tipo de tratamento é oferecido no Serviço de Assistência Especializada (SAE), que funciona no bairro Grande Terceiro.

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