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Maggi critica boatos: “misturar papelão na carne seria idiotice”

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Maggi critica boatos: “misturar papelão na carne seria idiotice”

Ednilson Aguiar/O Livre

Senador Blairo Maggi

 

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), reclamou da circulação de boatos envolvendo a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Ele criticou especialmente a informação de que papelão seria misturado à carne, que se tornou motivo de memes e piadas nas redes sociais. Maggi concedeu entrevista coletiva no final da tarde deste domingo (19), depois de se reunir com o presidente Michel Temer (PMDB) e cerca de 40 embaixadores de países consumidores da carne brasileira.

“Não posso controlar sobre como as pessoas se expressam. A narrativa nos leva a criar até fantasias nas redes sociais e na mídia”, afirmou. “Essa questão do papelão, está claro no áudio que se trata da embalagem e não de misturar papelão na carne. Seria uma idiotice, uma insanidade, para dizer a verdade. As empresas brasileiras investiram milhões e milhões para conquistar o mercado internacional e levaram mais de 10 anos para consolidar. Aí uma empresa exportadora vai misturar papelão na carne? Pelo amor de Deus, não dá para aceitar esse tipo de situação”, disparou Maggi na coletiva.

Ele afirmou, ainda, que carne de cabeça de porco pode ser utilizada em produtos embutidos em determinados percentuais, regulamentados pelo ministério. Além disso, o ácido ascórbico citado nas investigações como sendo usado para conservar carne vencida, segundo Maggi, é vitamina C e também é permitida. “Não estou dizendo que a investigação não tem sentido. Com certeza tem. Mas quando dizemos ‘podem ficar tranquilos’, é porque 90% das empresas no brasil fazem as coisas corretamente”, disse.

O ministro destacou que existem 4.837 frigoríficos no Brasil, dos quais 21 são suspeitos na Operação Carne Fraca. Desses, três foram embargados e serão alvo de auditoria. Os outros 18 serão submetidos a um regime especial de fiscalização. “Vamos dar total transparência por onde essas mercadorias circularam e onde elas foram comercializadas, dando o produto e o número do SIF (Serviço de Inspeção Federal)”, disse.

Maggi demonstrou preocupação em tranquilizar o consumidor brasileiro e estrangeiro sobre a qualidade da carne produzida no país. O ministro informou que a União Europeia e a China pediram informações ao governo brasileiro sobre o caso. “Acho normal que façam os questionamentos. Vamos responder hoje ainda”, afirmou. “Eu disse aos embaixadores que a transparência é o melhor remédio para essa hora.

Exportação continua

O secretário-geral das Relações Exteriores, Marcos Galvão, também participou da coletiva, e afirmou que ainda não houve nenhum comunicado de embargo à carne brasileira, e nem há expectativa que isso aconteça. “O Itamaraty não recebeu nenhuma notícia de embargo de carne. Essa é a informação. Não houve referência a embargos e não vou especular sobre hipóteses”, disse. 

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