O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou nesta segunda-feira (06/02) que o Partido Progressista (PP) não deverá compor o secretariado do governo de Mato Grosso. A fala de Maggi reafirma a posição do partido de não participar diretamente do governo Taques, depois de uma recusa do secretário nacional de políticas agrícolas, Neri Geller (PP-MT), para comandar a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf). Em entrevista à rádio Capital FM, ele ainda falou sobre a situação econômica do Estado.
“A decisão de ir para o governo não me parece uma decisão que o partido queira fazer”, disse o ministro. “Talvez algumas pessoas desejem fazer, mas o partido como um todo não tem esse rumo a tomar, e essa é a posição do partido”, disse o ministro. Ele ainda salientou que a decisão não é oficial, pois o partido ainda não se reuniu, mas que as lideranças apontam para este caminho.
Neri Geller havia sido convidado pelo governador Pedro Taques para assumir a Seaf em janeiro, mas recusou o cargo por entender que seria mais útil em sua posição no Ministério da Agricultura.
Suelme Evangelista (PSB) é quem comanda a Seaf atualmente, e uma eventual mudança faria parte dos planos do governo estadual na reforma do secretariado realizada com o objetivo de ampliar a participação dos partidos da base aliada em seu staff.
Maggi afirmou que não vê problemas em atuar junto do governo Taques na pasta comandada por ele. “Da nossa parte não há qualquer empecilho de ajudar o governo, no que for possível, em Brasília, e articular para que Mato Grosso tenha condições de estar mais presente no governo federal”, disse.
Sobre uma possível composição visando as eleições de 2018 para o governo do Estado, Maggi ficou em cima do muro e preferiu evitar discussões neste momento. “Sempre há a possibilidade de várias alianças, e isso vai ser discutido no momento correto. Eu não estou aqui dizendo que nem para um lado nem para o outro”, disse. “Estaremos juntos na outra eleição? É outro momento em que vai se discutir isso no futuro”, completou deixando a questão em aberto.
Blairo Maggi ainda falou sobre a crise financeira que atinge as contas do governo Taques. O ministro se mostrou confiante na capacidade de recuperação de Mato Grosso. “Eu conheço as contas do Estado e sei que tem problemas de fluxo de caixa, mas que a longo prazo, e a macroeconomia de Mato Grosso é muito boa, não há doença que vá levá-lo à morte”, disse.
