Cidades

Laudo aponta que Alexandre morreu de hemorragia após ter vários órgãos atingidos

Politec já entregou todos os laudos requisitados à DHPP

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Laudo aponta que Alexandre morreu de hemorragia após ter vários órgãos atingidos
O agente Alexandre Miyagawa (Foto: reprodução)

O laudo de necropsia do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, apontou que ele foi atingido por três tiros pelas costas, teve vários órgãos atingidos e morreu de hemorragia.

Conforme o laudo a que o LIVRE teve acesso, o primeiro tiro disparado pelo vereador Marcos Paccola não causou grave ferimento, visto que atingiu a região dorsal, saiu pela axila e transfixou o braço esquerdo.

O segundo e terceiro tiros também entraram nas costas, mas estes lesionaram a veia subclávia esquerda (responsável por levar o sangue até os membros superiores), a parte de cima do pulmão esquerdo, o diafragma, a parte inferior e do meio do pulmão direito, o pericárdio (membrana que envolve externamente o coração) e o átrio direito (parte do coração).

O conjunto de todos esses ferimentos levaram Alexandre a perder muito sangue na cavidade torácica, o que causou um choque hipovolêmico hemorrágico e, consequentemente, a morte do agente socieoeducativo.

“Diante dos dados colhidos durante a necropsia e dos resultados, concluíram os peritos que a morte de Alexandre Miyagawa de Barros deu-se por choque hipovolêmico hemorrágico, secundário a trauma torácico por projéteis de arma de fogo”, diz trecho da conclusão do laudo.

Foi colhido também o sangue do agente socioeducativo para teste de alcoolemia e toxicológico. A Politec informou, em nota, que o resultado desta perícia, assim como da necropsia, local de crime e balística, foi entregue à Delegacia Especializa de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

O caso

O vereador e tenente-coronel Marcos Paccola, 37 anos, matou a tiros o agente socioeducativo do Complexo Pomeri Alexandre Miyagawa no dia 1º de julho. O fato aconteceu no Bairro Quilombo, em Cuiabá.

Paccola afirma que atirou em defesa da namorada de Alexandre, que estava com a arma dele na mão. Ela, por sua vez, afirma que não estava em perigo.

O Ministério Público Estadual (MPE) pediu a prisão do vereador, mas a Justiça negou o pedido. Outra parte do requerimento, no entanto, foi acatada e todos os aparelhos celulares de Paccola foram apreendidos.

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