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Comissão de Ética da Câmara vai acompanhar investigação a vereador Paccola

Presidente da Câmara, Juca do Guaraná (MDB), diz que crime "tem várias versões", mas a Comissão de Ética defende afastamento

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Comissão de Ética da Câmara vai acompanhar investigação a vereador Paccola
(Foto: Ednilson Aguiar / O Livre)

A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá vai acompanhar a investigação do caso envolvendo o vereador Marcos Paccola (Republicanos), em que o agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa foi morto com um tiro, na sexta-feira (1º). 

A decisão saiu da reunião de colégio de líderes hoje (4) pela manhã.

“É algo inédito. Estou há 10 anos na Câmara e nunca nos deparamos com uma situação nem parecida. Tudo que falarmos hoje, sem ter o acompanhado [da investigação policial], é precoce”, disse o presidente da Câmara, vereador Juca do Guaraná (MDB). 

Segundo ele, o caso tem várias versões e a ouvida hoje foi a do vereador Marcos Paccola. Tenente-coronel da Polícia Militar, Paccola acompanhou a reunião de líderes.  

“Tem várias versões, não podemos nos antecipar. Há informações de que quatro delegados estão acompanhando o caso, tem imagens de câmeras”, afirmou. 

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Presidente da Comissão de Ética e Decoro, o vereador Lilo Pinheiro (PDT), que participou da reunião, defende que Marcos Paccola seja afastado do mandato por precaução até a conclusão da investigação.  

“Queremos saber o que realmente aconteceu, só isso. Ele [Paccola] vai ter que se explicar para os delegados e os policiais e também para a nossa Comissão de Ética. Eu entenderia como um ato coerente, por parte do Paccola, [o afastamento] para depois de posicionar”, disse. 

Versões do assassinato

O assassinato aconteceu na sexta-feira (1º), no centro de Cuiabá, próximo ao restaurante Chopão. A versão contada  pelo vereador Paccola é que o tiro foi dado em defesa de uma mulher para quem Alexandre Miyagawa estaria apontando uma arma de fogo.

O vereador, patenteado tenente-coronel da Polícia Militar, teria dado voz para que Alexandre soltasse a mulher, mas o agente teria reagido e disparado um tiro contra o ele.  

O outro lado da história, contado pela mulher que estaria sob poder de Alexandre Miyagawa, Janaína de Sá, namorada do agente, é que ele não estava armado no momento do crime, mas, sim, com um telefone celular.  

Janaina publicou vários vídeos em seu perfil no Instagram no sábado (2). Ela afirma que havia entrado na contramão e um homem começou a xingá-la. Então, teria se direcionado para uma distribuidora próxima, com a intenção de usar o banheiro.  

Nesse momento, Alexandre teria a seguido e dito: “Amor, espera”. Em seguida, ela já teria visto o namorado caindo no chão. 

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