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Indiciada por tortura e castigo, tenente dos bombeiros não será promovida

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Indiciada por tortura e castigo, tenente dos bombeiros não será promovida

Indiciada pelos crimes de tortura e castigo, a tenente do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, Izadora Ledur de Souza Dechamps, não será promovida a capitã, conforme decisão desta semana. De acordo com a corporação, a tenente, durante a avaliação de méritos e deméritos, necessária nos casos de mudança de patente, não foi aprovada pela Comissão de Promoções de Oficiais (CPO).

Os crimes a que Ledur responde referem-se à vítima Rodrigo Patrício Lima Claro, 21 anos, morto no dia 15 de novembro de 2016 depois de ser submetido a maus tratos em um treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, conduzido pela tenente – cogitada para ser promovida desde o ano passado. A promoção ocorreria no dia 2 de julho.

Conforme o inquérito, o aluno, durante a travessia no lago, foi afogado por Ledur quando tentava voltar à superfície. Com fortes dores de cabeça após o treinamento, Rodrigo, inicialmente, foi para a policlínica do bairro Verdão. Depois, acabou encaminhado para o Hospital Jardim Cuiabá, sendo diagnosticado com aneurisma cerebral. Ele foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu cinco dias depois.

Antes do ocorrido, o jovem já havia demonstrado à mãe, por meio de mensagens trocadas pelo aplicativo WhatsApp, preocupação com Ledur. “Ten. tá pegando no meu pé. E hoje ela vai tá lá. Por isso fico com medo”, escreveu.

O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os autos tramitam no Ministério Público Estadual (MPE), para análise de oferecimento de denúncia à Justiça Estadual. Ledur cumpre funções administrativas na corporação.

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