Carreira

Homens se candidatam mais a vagas de emprego? Pesquisa aponta motivos

Especialista entrevistou 1 mil profissionais para entender porque eles desistiram de se candidatar a uma vaga de emprego

2 minutos de leitura
Homens se candidatam mais a vagas de emprego? Pesquisa aponta motivos
(Foto: Ivan Samkov)

Quando se trata de disparidade de gênero no mercado de trabalho, uma estatística vem à tona: homens costumam “arriscar” mais na hora de procurar um emprego. Eles se candidatam a vagas quando dominam cerca de 60% das habilidades solicitadas pelos empregadores. Já a imensa maioria das mulheres, só faz isso se seu currículo atender a 100% dos pré-requisitos.

Por que? Foi isso que Tara Mohr, escritora e especialista em liderança feminina, tentou descobrir com uma pesquisa. Ela entrevistou cerca de 1 mil profissionais americanos, homens e mulheres, com um objeitivo: entender  o motivo pelo qual eles não se candidataram às vagas de emprego que não “batiam” 100% com suas habilidades. 

A resposta predominante? Cerca de 41% das mulheres e 46% dos homens (percentuais bem parecidos, não?!) acreditavam que não seriam contratados por não atender todos requisitos dos empregadores. A decisão, portanto,  foi para evitar o “desperdício” de tempo e energia.

Um dado interessante da pesquisa é que, segundo Tara Mohr, apenas 10% das mulheres e 12% dos homens disserram que o motivo foi acreditar que não seriam capazes de desempenhar o trabalho. Em outras palavras, a maioria esmagadora acreditava que daria conta, no caso de conseguir o emprego, mesmo assim, sequer tentou.

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Por outro lado, 22% das mulheres disseram temer a falha, ou seja, se candidatar e ser rejeitada pelos empregadores. Esse peso emocional de uma derrota só impediu 13% dos homens.

E se as mulheres costumam se candidatar a empregos apenas quando preenchem 100% dos pré-requisitos, esse outro dado não é assustador: 15% das entrevistadas disse que não se candidatou porque queriam seguir 100% as regras “do jogo”, ou seja, as diretrizes sugeridas na vaga. Enquanto isso, só 8% dos homens se preocupou com isso.

Para Tara Mohr, a pesquisa revela que alguns conceitos bastante enraigados na cultura americana, principalmente, no que diz respeito às mulheres precisa ser revista. 

  • A necessidade de ampliar o diálogo sobre a relação das mulheres com o fracasso. Na avaliação da autora, a escassez de líderes femininas pode ser uma explicação.
  • O hábito de seguir as regras que, em sua avaliação, muitas vezes é reforçado mais para as meninas desde a infância e que pode se tornar um obstáculo.
  • A crença de que processos de contratação são mais rígidos do que, na verdade, são. Em outras palavras, a falta de informação precisa sobre como eles funcionam.

O artigo original em que Tara Mohr fala sobre a pesquisa foi publicado no site Harvard Business Review.

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