Uma possível greve de caminhoneiros em nível nacional está marcada para o dia 1º de fevereiro. O movimento, porém, não tem apoio da categoria, como garante Edgar Augusto Laurin, presidente da Associação de Proprietários de Caminhões e Transportadores de Cargas de Tangará da Serra.
“Estamos cientes da movimentação via WhatsApp, mas não fomos procurados e consultados. Além disso, analisando o momento entendemos que Mato Grosso não comporta uma greve agora”, declarou.
Em 2018, a categoria paralisou as atividades por 10 dias colapsando o país por falta de combustível, alimento e medicamentos.
O novo movimento grevista tem dez pautas. Entre elas, a defesa da constitucionalidade da Lei 11.703, conquista da greve de 2018. A lei valida a regra que instituiu uma política nacional de valores mínimos de pagamento do frete.
Em Mato Grosso, porém, outros fatores estão pesando na balança. “A pauta não nos oferece ganhos. É certo que o preço do diese aqui é elevado, mas nesse momento o que nos preocupa e interessa é a saúde da população e dos nossos profissionais”, explicou, citando ainda contratos que precisam ser cumpridos.
Ainda segundo Laurini, em conversas com os colegas de diversas regiões do Estado há consenso em não aderir pela greve. Mais de 80 mil caminhoneiros são associados. “Se formos consultados pela nacional faremos uma assembleia, mas por enquanto esse é o posicionamento”, finalizou.