O governo do Estado não tem garantias de que conseguirá pagar os salários de todos os servidores nesta quarta-feira (11). A afirmação é do secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi (PSDB).
De acordo com Max Russi, todos os esforços do governo são no sentido de quitar a folha de pagamento ainda amanhã. O secretário preferiu não garantir, entretanto, que isso será feito.
Questionado sobre o assunto, o governador Pedro Taques (PSDB) se recusou a tecer qualquer comentário. Ele deixou às pressas a coletiva de imprensa realizada logo após um evento para assinatura de uma parceria público privada (PPP).
A justificativa dada foi que o tucano estaria atrasado para o velório da ex-deputado Sarita Baracat, que faleceu nesta manhã, em Várzea Grande.
Minutos antes da entrevista coletiva de Taques, a Secretaria de Estado de Fazenda emitiu nota afirmando que apenas 78% dos salários serão pagos hoje.
Segundo Russi, foram priorizadas as secretarias de Estado com o maior número de servidores, a exemplo da Educação, Saúde e Segurança Pública.
“Não tivemos a opção desta vez, de programar o pagamento apenas dos salários mais baixos. A folha não foi elaborada dessa forma, então, tentamos fazer de uma maneira que conseguíssemos quitar o maior número de salários possível”, explicou o secretário.
PEC dos Gastos
Max também negou que o atraso em parte dos salários seja uma estratégia do governo para pressionar parlamentares a aprovar a PEC do Teto dos Gastos, que tramita na Assembleia Legislativa. A hipótese teria sido levantada por deputados da oposição.
“A maioria dos servidores da Secretaria de Fazenda, que é onde é feito o pagamento, é de efetivos. Se tivesse dinheiro no caixa e o governo estivesse segurando, é o tipo de informação que não teríamos como esconder”, pontuou.
