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Governo manifesta interesse em bens entregues por Silval e ex-chefe de gabinete

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Governo manifesta interesse em bens entregues por Silval e ex-chefe de gabinete

Reprodução/Wikipedia

Avião Silval

Avião modelo Sêneca similar ao entregue pelo ex-governador

O governo do Estado manifestou interesse ficar com os bens entregues pelo ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB) e por seu ex-chefe de gabinete Silvio Cezar Correa Araújo. Os bens estão avaliados em R$ 46 milhões e foram entregues como compensação por desvios investigados na Operação Sodoma.

Silval entregou uma aeronave prefixo PT- VRX, modelo EMB-810D Sêneca, avaliada em R$ 900 mil; um imóvel em Cuiabá avaliado em R$ 1,22 milhão; um terreno em Sinop avaliado em R$ 860 mil; Além das fazendas Serra Dourada II, avaliada em cerca de R$ 33 milhões, e Lagoa Dourada 1, avaliada em cerca de R$ 10,49 milhões, ambas localizadas no município de Peixoto de Azevedo.

Ednilson Aguiar/O Livre

 Casa de Amparo

Imóvel entregue por Silval ao Estado funciona como casa de Amparo

No imóvel localizado na capital, no bairro Rodoviária Parque, funciona uma Casa de Amparo do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Peixoto (Cisvp).

A casa foi cedida por Silval em 2011, sem custos, para servir como base de apoio a pacientes que vêm do interior de Mato Grosso para fazer tratamento de saúde em Cuiabá.

Os pacientes vêm dos municípios de Guarantã do Norte, Matupá, Novo Mundo, Peixoto de Azevedo e Terra Nova do Norte, que integram o consórcio responsável por administrar a casa.

Silvio Correa entregou um imóvel vizinho à Casa de Amparo, no bairro Rodoviária Parque, avaliado por sua defesa em R$ 472,9 mil.

O governo ainda aguarda a conclusão das avaliações dos imóveis, sob coordenação da Secretaria de Estado de Cidades (Secid), e uma inspeção na aeronave que será feita a pedido do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Em decisão do último dia 14, a juíza Selma Rosane Arruda determinou que a defesa de Silval apresente a aeronave em um prazo de 10 dias para a realização da vistoria.

Em relação às fazendas, a juíza determinou que as matrículas dos imóveis, os mapas, o memorial descritivo, uma cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), entre outros documentos, sejam enviados para que o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) faça a avaliação.

O ex-governador já confessou ter liderado uma organização criminosa que se instalou na administração estadual para desviar recursos para o pagamento, principalmente, de dívidas de campanha. A Operação Sodoma teve início investigando fraudes e cobrança de propina na concessão de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

Na primeira fase, o Ministério Público Estadual investigou a cobrança de R$ 2,5 milhões em propina do empresário João Batista Rosa, dono da Tractor Parts e outras duas empresas.

Em sua segunda e terceira fase, a Sodoma desmontou um esquema de cobrança de propina dos empresários Willians Mischur, da Consignum, e Julio Minori, da WebTech Softwares e Serviços. Na quarta fase, a Sodoma investiga desvios na desapropriação do terreno do bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá.

Em sua quinta fase, a operação investiga fraudes e desvios em contratos de fornecimento de combustível às patrulhas da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) durante a gestão de Barbosa.

Além de entregar os bens, Silval confessou parte dos crimes pelos quais ele é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE), passando a cumprir prisão domiciliar. O ex-governador ainda fechou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF), no qual ele citou supostos crimes de outros políticos como o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) e o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB).

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