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Governo de MT vai revisar desapropriações previstas para o VLT

Processo teve início em 2012 e envolve mais de 300 propriedades em Cuiabá e Várzea Grande, mesmo sem projeto

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Governo de MT vai revisar desapropriações previstas para o VLT
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O governo de Mato Grosso vai revisar todos os processos de desapropriação que foram aprovados para a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. Os estudos tiveram início em 2012 com 138 áreas liberadas e 220 barradas. 

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) disse que revisão vai atualizar o andamento dos processos e apontar aqueles que permanecem com a necessidade desocupação da área para a instalação do BRT, modal substituto ao monotrilho. 

“Todos os processos envolvendo desapropriações por conta do VLT estão sendo revisados e atualizados no que tange aos andamentos e situação de cada um. Isso demandará certo tempo, uma vez que já foi iniciado o recesso forense e a equipe da procuradoria trabalha com expediente reduzido”, pontuou. 

As desapropriações fazem parte do projeto matriz para a instalação VLT e atingiram áreas tradicionais, como a Ilha da Banana, no Centro Histórico, o canteiro central da avenida Historiador Rubens de Mendonça e do da avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha). 

Em alguns casos, o processo virou conflito jurídico que durou até 2017, quase três anos após a paralisação da obra e cinco desde o início dos serviços. Contudo, um relatório divulgado em janeiro de 2016 pela PGE mostra que as desapropriações executadas até a data ocorreram sem projeto viabilidade pelo Consórcio VLT, vencedor da licitação em 2012. 

“Foi constatado que o consórcio construtor não apresentou um projeto básico de desapropriação, conforme previa o contrato. Apenas o traçado geométrico foi apresentado ao Estado, ou seja, o projeto básico foi pago, mas nunca foi regularmente fornecido. Com isso, as desapropriações foram feitas de forma aleatória, sem parâmetros claros”, informa trecho do relatório. 

O processo foi paralisado por intervenção do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Mato Grosso (Iphan-MT) quando as desapropriações chegaram ao Centro Histórico de Cuiabá.  

O Consórcio VLT afirmou que hoje a 235 áreas pendentes de desapropriação na Grande Cuiabá.

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