A Procuradoria Geral do Estado (PGE) deve apurar a denúncia de suposto envolvimento da secretária-adjunta do Estado, Kelluby de Oliveira, com empresas investigadas por cartel em contratos da saúde.
A denúncia foi feita pelo representante da empresa Síntese Comercial Hospitalar, Frederico Aurélio Bisco, em depoimento na Comissão de Saúde da Câmara de Cuiabá, na semana passada.
“Quem acusa, tem que provar. Se ele tem provas, vou pedir para a Procuradoria entender o que está acontecendo e fazer as devidas tramitações. Se alguém fez alguma coisa errada, vai responder, em qualquer canto do governo. Agora, isso tem que ser conduzido pela polícia”, disse o governador Mauro Mendes, hoje (15).
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Segundo Frederico Aurélio, a secretária-adjunta teria autorizado o pagamento de R$ 30 milhões a uma das empresas investigadas por suposto esquema de cartel. O pagamento teria sido liberado no período em que Kelluby de Oliveira esteve no comando da Secretaria de Estado de Saúde (SES), em 2022.
O caso em que a adjunta foi implicada é investigado em sigilo pela Polícia Civil, na Operação Espelho. O deputado estadual em exercício e ex-secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, disse há alguns dias que a investigação começou em 2021.
Segundo ele, a Justiça teria mandado suspender a assinatura de novos contratos, mas sem impedir que os pagamentos de contratos já assinados fossem feitos.
A hipótese da investigação é que uma funcionária da SES orientava empresários para vencer concorrências públicas na área.