O presidente estadual do PSD (Partido Social Democrático), ministro Carlos Fávaro, disse que políticos estão liberados a sair do grupo se o apoio na eleição municipal não for ao candidato da federação do PT, PV e PCdoB.
Fávaro fez o papel de sincerão em entrevista hoje (1º) pela manhã à rádio Centro América FM. Ele mandou recado para a sua suplente de senadora Margareth Buzetti e o deputado estadual Wilson Santos. Ambos pretendem apoiar o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) em Cuiabá.
As falas fortes foram sobre a mudança dos colegas na articulação de apoio até o momento. Segundo ele, Margareth Buzetti estaria seguindo os passos do governador Mauro Mendes, presidente do União Brasil, que já havia anunciado a sua preferência por Fábio Garcia, mas optou por Botelho.
“Quando o Mauro queria apoiar o Fábio, ela [Margareth Buzetti] dizia que apoiava o Fábio – e eu convidando o Botelho para vir para o partido; ela disse que não [o] apoiaria de jeito nenhum. Bastou o Mauro virar de chave, ela virou também. Ou seja, não tem opinião própria”, afirmou.
A crítica a Wilson Santos também foi pelo apoio a Botelho. Fávaro diz que o deputado participou tanto da articulação para a filiação de Eduardo Botelho quanto da outra negociação para apoiar o candidato da federação.
“Wilson Santos é um homem de vários mandatos, que não fica trocando a toda hora de partido, vai saber da responsabilidade. Ele foi prefeito duas vezes [em Cuiabá], ele terá a liberdade para trocar de partido também”, disse.
Carlos Fávaro também mudou de pré-candidato. A articulação e expectativa para receber Botelho durou quase um ano. E a mudança para atender ao pedido do presidente Lula (PT) foi quase automática.
Segundo ele próprio, Lula o chamou para uma conversa reservada no início do ano para falar sobre as eleições. Ele disse que contou a situação com Eduardo Botelho e deu uma resposta na mesma hora quando o convite para a troca foi feito por Lula.