Com objetivo de elaborar projetos que desenvolvam a produção agrícola mato-grossense o Sistema Famato apresentou, nesta quarta-feira (9), o “AgriHub Space”, a primeira central de inovação agropecuária de Mato Grosso.
O projeto pretende conectar empresas, produtores rurais e startups com o propósito de desenvolver soluções para os problemas que os produtores mato-grossenses enfrentam.
Desenvolvido pelo Sistema Famato e pela empresa LM Ventures que atua no ramo de inovação e investe em startups que estão em estágio inicial, o projeto será mantido pelas empresas Amaggi, Agro Amazônia, Tropical Melhoramento e Genética (TMG) e a Rede de Fazendas Alfa.
Com 400m² de espaço físico, o AgriHub Space está instalado na sede da Famato, em Cuiabá, MT. Será uma espécie de incubadora de startups e ponto de conexão entre os desenvolvedores dos projetos, produtores e empresas.
O local terá sala de reunião, auditório com capacidade para 35 pessoas, além de toda estrutura necessária para o desenvolvimento e maturação das startups. Além disso, os desenvolvedores ainda contarão com o apoio dos técnicos do sistema Famato, facilitando assim o acesso a informações. E também terão o suporte dos profissionais das empresas parceiras, provedores de tecnologias e demais startups incubados.
O presidente do Sistema Famato, Normando Corral, disse que tem o privilégio de inaugurar o projeto que não foi iniciado em sua gestão. Afirmou que “não visa o retorno financeiro para entidade, mas para os produtores, que são aqueles que representamos. O que vamos fazer aqui é buscar formas de fazer melhor o que já fazemos bem há anos”.
Já o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca destacou que essa estratégia foi iniciada em 2016, quando os produtores externaram a necessidade de terem novas tecnologias.
Com a inauguração programada para 4 de dezembro, ele acredita que as startups apresentarão novos formados de produção e resolução de problemas da agropecuária. O que fará de Mato Grosso “não só líder das produções agrícolas, mas também em inovações agropecuárias. Temos tudo para sermos líderes também em serviços digitais para o agro”, finaliza.
Como vai funcionar
A ideia do projeto é atrair startups que estejam aptas a desenvolver soluções e inovações tecnológicas às empresas parceiras que atuam no agronegócio brasileiro. Elas terão que identificar os problemas dos produtores rurais de Mato Grosso e promover o melhor ajuste de tecnologias para o trabalhador do campo.
A chamada para as startups interessadas ocorrerá na primeira metade de outubro. Serão selecionadas aquelas que já contam com produtos desenvolvidos e que possam ser utilizados pelas empresas parceiras.
Elas ficarão “confinadas” na AgriHub Space por 9 meses. Nesse primeiro ciclo devem ser chamadas 9 startups.
Financiadores do projeto
Na avaliação da Gerente de Tecnologia da Agro Amazônia, Helen Cavalcante, Mato Grosso é o local ideal para o projeto. “Temos grandes oportunidades de ouvir os produtores, tanto os grandes quanto os pequenos e médios. De trabalhar junto com eles e entregar projetos que tragam mais produtividade, não só no campo, mas também poder contribuir com a comercialização”.
Disse que a empresa busca contribuir para o desenvolvimento sustentável da produção agrícola no Brasil e que o projeto veio ao encontro dessa missão.
Para o Gerente de Controle de Produção da Amaggi Agro, Ricardo Moreira, a busca por inovação não é algo novo, já que o grupo investindo no setor há anos.
Ricardo disse estar honrado por poder participar desse momento. “Um projeto como esse em nosso Estado, cuidando dos problemas locais é muito importante. Temos vários problemas que vão precisar ser resolvidos e serão”, disse.
O presidente do Grupo de Líderes Empresariais de Mato Grosso (LIDE-MT), Evandro Cesar Alexandre, também esteve presente no lançamento da iniciativa. Disse que enquanto presidente do LIDE, a sua atuação será focada em inovação, tecnologia e tantas outras questões empresariais.
“Estamos muito antenados e alinhados com inovação e tecnologia. O Agro é o nosso caminho, nosso canal, nosso mundo, isso justifica a nossa participação”, finalizou.