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Facada em Bolsonaro: confira tudo o que já se sabe até agora

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Facada em Bolsonaro: confira tudo o que já se sabe até agora
(Foto: Fábio Motta/Estadão)

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) foi alvo de um atentado na quinta-feira passada (06), quando foi golpeado por um militante de esquerda com uma faca, em Juiz de Fora (MG). O presidenciável foi levado às pressas na Santa Casa de Misericórdia da cidade, onde passou por uma cirurgia que durou cerca de duas horas.

Na cirurgia, os médicos constataram que não tinha ocorrido lesão no fígado, mas que havia três lesões no intestino delgado – que já foram tratadas. Segundo os médicos, a facada foi profunda e também atingiu uma veia no abdômen.

No dia seguinte, sexta-feira (07), Bolsonaro foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). Desde então, vários boletins médicos com o quadro clínico dele foram divulgados.

O hospital Albert Einstein afirmou, em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (10), que o estado de saúde do candidato ainda é grave e ele permanece em terapia intensiva.

O informativo, assinado por três médicos, explica que Bolsonaro ainda permanece com sonda gástrica e em paralisia intestinal, o que é comum depois de grandes cirurgias e traumas abdominais.

“Será necessária nova cirurgia de grande porte posteriormente, a fim de reconstruir o trânsito intestinal e retirar a bolsa de colostomia”, informa o boletim médico atualizado às 10h15 (horário de local) de hoje.

Questionamentos

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Desde o ocorrido, alguns questionamentos surgiram, principalmente nas redes sociais. Entre eles está o fato de não ser possível – pelo menos com clareza- ver sangue na faca e/ou na camisa que Bolsonaro usava durante o atentado.

A resposta é que em ferimentos semelhantes ao provocado no presidenciável não necessariamente exista sangramento externo, mas sim interno.

Outra pergunta foi: quem atacou o postulante? O homem que atingiu Bolsonaro foi identificado como Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Ele é formado em pedagogia e tem passagem pela polícia por lesão corporal.

Diferentemente do que tem sido disseminado nas redes sociais, o suspeito não é ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT), mas há fotos dele na internet com camisas do movimento Lula Livre e ao lado de apoiadores do ex-presidente. O homem, contudo, já foi filiado ao Psol entre 2007 e 2014.

Após o ataque, Adélio foi preso em flagrante por policiais federais que faziam a segurança do postulante durante o fato. Ele foi encaminhado para a Polícia Federal e interrogado por um delegado.

Adélio disse que foi guiado por Deus para realizar o ataque contra o postulante. Ele ainda afirmou que agiu sozinho, mas a polícia está investigando outras três pessoas que poderiam ter envolvimento.

O suspeito continua preso, em um presídio federal. O pedido para que ele fosse transferido para um presídio federal partiu do PSL, partido do candidato ferido. A intenção seria preservar a segurança de Adélio.

Campanha após o ataque

No sábado passado (08) a campanha de Bolsonaro começou a usar a foto de uma camisa amarela com o slogan “meu partido é o Brasil”, escrito com a cor verde. A camisa é igual à que o candidato usava quando sofreu o atentado.

Na imagem usada pela campanha do presidenciável, a parte inferior da roupa tem um rasgão e está manchada de sangue. Pode até parecer real, mas não é, pois trata-se de uma montagem para ilustrar o golpe de faca.

A montagem com a camisa amarela abre o vídeo divulgado pelo PSL e pelo filho do postulante e deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, que concorre ao Senado.

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