Os ladrões da Baixada Cuiabana não deixam nada a desejar aos ladrões cariocas. Se no Rio de Janeiro eles levaram uma estátua de 400 kg e dois metros de altura de uma das praças mais famosas da cidade, os daqui também foram responsáveis por roubos audazes, que deram o que falar.
E para mostrar que “o Brasil não é lugar para amadores”, o LIVRE selecionou alguns casos porque, afinal de contas, relembrar é viver.
A Brazuca bateu na trave
Inspirado pelo clima de Copa do Mundo, em 2014, o poder público instalou uma bola Brazuca – do tipo usada nos jogos oficiais – em tamanho gigante na rotatória da avenida Miguel Sutil, bem perto da Ponte Nova, que dá acesso a Várzea Grande.
Mas em uma bela manhã de quarta-feira, em junho, ela simplesmente desapareceu.
Nunca foi identificado se o caso era de um roubo frustrado ou de mero vandalismo. O fato é que ela foi encontrada em um morro, a 20 metros de distância do local original.
Agora, a pergunta é: como uma bola gigante é deslocado da plataforma e rola sobre uma das avenidas mais movimentados da Capital mato-grossense e ninguém vê?
Mistério.
O fusquinha do Galindo
No Dia da Árvore em 2012, o então prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo, lançou o programa “Belo Jardim”, que não foi para frente por conta da ação de ladrões profissionais e amadores.
Eram sucatas de carros, principalmente o simpático fusquinha, decoradas com todo tipo de flor e muda. Verdadeiras obras de arte vivas, espalhadas pela cidade.
O artista Vitor Hugo foi contratado para pintar as estruturas, porém, não conseguiu ver a longevidade do seu trabalho. Os ladrões levavam diariamente as plantas e até a terra preta usada para adubá-las.
Foram diversas reposições e a Prefeitura de Cuiabá tentou até usar espécies menos valorizadas no mercado. Na deu certo. O poder público foi, de novo, vencido pelos ladrões.
Resultado: projeto cancelado.
O extraterrestre de Chapada dos Guimarães
Na virada de 2019, um roubo tirou o sono de todos os ufólogos da região. A estátua de um extraterrestre foi levada em Chapada dos Guimarães.
Ela estava instalada em frente a um estabelecimento comercial, em um dos pontos turísticos da cidade.
Houve buscas na redes sociais e até a proposta de pagamento de resgate. A recompensa era por informações de Grey, nome carinhoso dados pelos moradores locais ao mascote.
Com a velocidade da internet, o caso chegou a ser publicado em veículos nacionais e a estátua acabou localizada.
Grey foi deixado pelos sequestradores em um terreno baldio no bairro Cidade Verde, em Cuiabá, a 65 km de sua casa.
Os jacarés albinos
Sete filhotes de jacarés albinos também foram vítima de “sequestro”. Eles foram roubados da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O caso também ganhou projeção nacional e, naquela época, 2008, a cotação do animal no mercado negro era R$ 17 mil a unidade.
A raridade deles é algo cobiçado e mesmo com os esforços da polícia, os animais nunca foram encontrados.