Ednilson Aguiar/O Livre
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) manifestou apoio à Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 17. Ao LIVRE, o diretor executivo Luciano Vacari, ressaltou a gravidade do crime cometido por agentes públicos e exigiu punição exemplar aos envolvidos. “Louvamos a iniciativa e incentivamos a investigação da PF”, disse.
Em nota, a entidade alegou que a qualidade da carne e a segurança alimentar dos consumidores dependem de ações como esta, que visam impedir a comercialização de produtos que colocam em risco a saúde das pessoas.
“O Brasil é um dos principais produtores de proteína animal e responsável pela alimentação da população mundial devido aos critérios de segurança e sanidade animal adotados no país e reconhecidos internacionalmente”, disse trecho do documento.
Por fim, a Associação reiterou a confiança no trabalho desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e no quadro de fiscais agropecuários, que segundo a Acrimat, estão comprometidos com o Brasil e com a população brasileira.
Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lamentou a denúncia de que alguns dos principais frigoríficos do país, com o apoio de uma rede de fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, estariam envolvidos no esquema de venda ilegal de carnes ao consumidor.
A entidade – como representantes dos produtores rurais – defendeu que os fatos envolvendo frigoríficos e fiscais agropecuários sejam apurados com rigor. “E que, uma vez comprovados, possam levar à punição exemplar dos envolvidos”, disse trecho da nota enviada à imprensa.
Segundo a Confederação, os produtores rurais têm dado uma grande contribuição ao desenvolvimento nacional, gerando emprego, renda e alimentos de qualidade para a população. “Não é justo que tenham a sua imagem maculada pela ação irresponsável e criminosa de alguns”, disse o presidente da CNA, João Martins da Silva Junior.
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) também emitiu nota de apoio a operação Carne Fraca e reforça que a denúncia partiu do próprio Sindicato.
Para o sindicato, a operação está alinhada aos objetivos da classe e que visa aprimorar a inspeção de produtos de origem animal no país. A entidade cita que as denúncias constam de processo administrativo que tramita no Mapa desde 2010. Por fim, defende que os cargos de chefia sejam ocupados por servidores públicos selecionados por concursos.
