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Empresas multiplicaram lucros com esquema da Sodoma

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Empresas multiplicaram lucros com esquema da Sodoma

O esquema montado na Secretaria de Estado de Administração (SAD) e Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana (Setpu) durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) fez com que os lucros obtidos pelas empresas participantes fossem multiplicados. O grupo foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) no contexto da Operação Sodoma.

Quatro pregões foram realizados pelo governo de Mato Grosso e resultaram em contratos firmados com as empresas Marmeleiro Auto Posto Ltda, e Saga Comércio e Serviços Tecnologia e Informática Ltda entre 2011 e 2014.

A quantidade de combustível fornecido teve um pico em 2012, ano em que o esquema passou a funcionar na SAD. No pregão 033 de 2011 foram contratados 26,1 mil litros, enquanto no pregão 015 de 2012 foram 30,9 mil litros. Já nos pregões de 2013 e 2014 a quantidade de combustíveis caiu em sequência, 29,5 mil litros e 27 mil litros, respectivamente.

Reprodução denúncia do MPE

Gráfico Evolução de Gastos por pregão

Já os valores pagos às empresas subiram mais de 30% entre 2011 e 2014. No primeiro ano do governo Silval foram gastos R$ 54,1 milhões com consumo de combustível, enquanto em 2012 os valores subiram para R$ 73,1 milhões, em 2013 para R$ 76,7 milhões e chegando a R$ 81,5 milhões em 2014.

Reprodução denúncia do MPE

Gráfico Evolução de Gastos por pregão

O MPE ofereceu denúncias contra o ex-governador, os ex-secretários Pedro Elias, Francisco Faiad e César Zílio, os empresários Valdísio Juliano Viriato, Juliano Cezar Volpato e Edézio Corrêa, e outras 10 pessoas na última semana. O grupo é acusado de ter utilizado as empresas para recebimento de vantagem indevida, para fraude em licitações do fornecimento de combustível do Estado e também promoção de desvio de receita pública.

Além do enriquecimento ilícito, os recursos desviados pelo grupo teriam alimentado campanhas de Francisco Faiad (PMDB). Em 2012, ele disputou a prefeitura de Cuiabá como vice de Lúdio Cabral (PT). Dívidas desta disputa teriam sido pagas com o dinheiro ilícito. O esquema ainda ajudou o grupo a abastecer o caixa da campanha de Faiad a deputado estadual em 2014.

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