Quatro pessoas foram presas hoje (22) pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deccor), por suspeitas de desvio de medicamento na saúde de Várzea Grande.
Superintendente, empresário, farmacêuticos, auxiliares e motoristas estão na lista das pessoas suspeitas de desviar remédios da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Ipase para uma empresa do ramo.
- Mandados autorizados: A Polícia Civil cumpriu 4 mandados de prisão, 8 de busca e apreensão e 4 de suspensão do exercício profissional. Dentre os presos estão o empresário Fernando Gomes de Almeida Metelo, dono da Disnorma Comércio Atacadista de Medicamentos Ltda; o superintendente de Saúde de Várzea Grande, Oswaldo Prado Rocha, e os farmacêuticos Jackson Alves Lopes de Souza e Ednaldo Jesus da Silva, servidores da Saúde de Várzea Grande.
- Operação Fenestra: Todos são investigados como suspeitos de desviar remédios da UPA Ipase para o empresário Fernando Gomes de Almeida Metelo. Em troca, eles supostamente receberiam propina. Os produtos eram entregues por meio de uma janela (Fenestra, em latim) aberta nos fundos da UPA, durante a pandemia.
- Indícios de crime: A Deccor começou a investigar as movimentações de medicamento em abril de 2022, após encontrar vestígios de desvio de medicamento. Segundo a investigação, há registros de saídas de medicamento irregulares no sistema de controle da UPA, em alguns casos com a liberação de produtos para pacientes mortos.
Conforme a apuração da Deccor, os indícios indicam que o empresário utilizava “laranjas” para pagar vantagem indevida a agentes públicos, por intermédio de transferências bancárias e compra de veículo, visando a ocultação ilícita dos bens e valores.