Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro baixou hoje (9) decretos para anular as medidas tomadas pelo interventor do Estado na Saúde, o procurador Hugo Felipe Lima.
Emanuel cancelou as exonerações e nomeações na área da Saúde, suspendeu as medidas para redimensionamento das dívidas e o processo seletivo emergencial para a contratação de médicos para policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
São os primeiros atos do prefeito após a retomada do controle do Sistema Único de Saúde (SUS) na Capital, por decisão Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Paralelamente, Emanuel Pinheiro assinou ofícios com pedidos às Câmara de Cuiabá e Polícia Civil para o auxílio na investigação de atos tomados pelo interventor. Por exemplo, a dívida de R$ 250 milhões anunciada com servidores, fornecedores e prestadores de serviço.
Emanuel quer que seja “provado com documentos” a lista de pagamento em aberto. “Eles vão ter que responder criminalmente por isso”, disse.
Contudo, o prefeito disse não ter informação sobre atrasos com as faturas de água e energia elétrica. Ele também não descartou uma “dívida alta” da Secretaria de Saúde ao invés de “rombo”.
Em discurso cheio de adjetivos, o prefeito disse que as decisões do gabinete de intervenção têm “intenção de golpe contra a minha gestão. O governo aproveitou a decisão quis instalar o governo dele na prefeitura”.
Segundo ele, as demissões dos servidores – foram 39, a maioria em postos de comando e comissionados – seria para o próprio governo estender seu “cabide de empregos”, afirmou.