Os principais jogadores do Barcelona estão inseridos em uma disputa com a diretoria do clube para a definição dos salários dos atletas, em um cenário que está se torna uma guerra com a cúpula do time.
Na primeira semana de outubro, os jogadores deixaram claro que não querem negociar nas condições estabelecidas pelo clube. Segundo a rádio catalã RAC1, os atletas não aceitaram a redução salarial de 30% proposta pelos dirigentes.
Para recusar a proposta, eles enviaram um burofax à direção do clube. Esse foi o mesmo documento utilizado por Lionel Messi no fim da última temporada quando decidiu que gostaria deixar o clube. A situação se apaziguou, e Messi segue no Barcelona, mas o momento ainda é delicado.
De acordo com o jornal Sport, apenas três jogadores não assinaram o burofax: o goleiro alemão Ter Stegen, o zagueiro francês Lenglet e o meia holandês De Jong.
A direção do Barcelona fixou em 5 de novembro a data limite para chegar a um entendimento sobre a questão da redução salarial. Segundo o diário “El Mundo Deportivo”, devido à recusa do plantel, existe a possibilidade da execução unilateral da medida – mesmo que isso acarrete em mais problemas extracampo.
Em uma carta enviada aos jogadores no início da semana, a diretoria do Barcelona explica, após agradecer os esforços da temporada anterior, que agora a situação se agravou. Essas e outras notícias podem ser encontradas em um novo jornal de esportes, que atualiza o noticiário nacional e internacional diariamente.
“Seus níveis de remuneração só se mantêm em um cenário de pleno desempenho econômico. Como vocês bem sabem, esse é um momento delicado para todos os clubes do futebol europeu”, diz o documento.
De acordo com jornais espanhóis que acompanham o caso de perto, a equipa titular do Barcelona não tem intenção de se sentar para negociar com o clube nas condições actuais e deve ficar claro nos próximos dias.
Segundo o diário argentino “Olé”, Lionel Messi e Gerard Piqué, dois líderes do time, não vem falando a mesma língua, uma vez que o camisa 10 não recebeu apoio nenhum do defensor nos recentes embates com o presidente Josep Maria Bartomeu.
No fim da última temporada, Messi forçou sua saída do Barcelona e ameaçou entrar na justiça contra o clube caso não fosse liberado. A diretoria do clube rebateu as ameaças e disse que o argentino teria que pagar uma multa caso levasse a história adiante.
No fim das contas, Messi acabou permanecendo, mas fez duras críticas ao atual presidente. Maior jogador da história do Barça e grande ídolo da torcida, o argentino criticou o dirigente pela maneira como ele conduziu as negociações, sem demonstrar respeito por sua trajetória no time.
Agora, com o começo de uma nova temporada, os problemas que pareciam ter ficado no passado voltam a assombrar um dos maiores clubes do mundo.