Em uma reportagem de O Globo publicada no sábado (30), o ex-deputado federal por Mato Grosso Adilton Sachetti é apontado como integrante de um grupo de 20 parlamentares que terminaram seus mandatos, mas que continuaram ocupando apartamentos funcionais da Câmara. Sachetti seria um dos deputados prestes a ser despejado.
Procurado pela reportagem do LIVRE no domingo (31), ele afirmou que a notícia “é fake”.
Segundo a reportagem de O Globo, a 4ª Secretaria da Câmara, responsável pela gestão dos imóveis, informou que os parlamentares já haviam recebido alerta e, caso ignorassem o novo aviso, a Justiça seria acionada para reintegração de posse dos apartamentos. Além das notificações, seriam multados diariamente pela Casa em R$ 141.
“Eles precisam se atualizar, pois o prazo era 2 de março e, no fim de janeiro, eu mesmo, pessoalmente, segui todos os trâmites e tenho todas certidões para comprovar. O apartamento que eu utilizava já está sendo ocupado pelo deputado Emanoelzinho (MDB) desde o final de janeiro. O mandato terminou em 31 de janeiro, mas, antes disso, já estava tudo certo. Foi um erro da 4ª Secretaria”, sustentou Sachetti.
Ao Globo, alguns deputados confirmaram que ainda ocupavam os apartamentos, enquanto outros alegaram o mesmo que Sachetti. Foi o caso de Felipe Bornier, que disse que entregou as chaves do apartamento funcional em dezembro de 2018, quando solicitou a licença do cargo para ocupar o cargo de secretário estadual de Esportes do Rio de Janeiro.
A Câmara possui 432 imóveis funcionais destinados à residência dos parlamentares em exercício. As unidades estão localizadas nas Asas Sul e Norte do Plano Piloto, uma das regiões mais nobres de Brasília. Alguns desses edifícios estão interditados para reforma.
