Quase que ao mesmo tempo, três promotores de Justiça que atuam em Mato Grosso resolveram assinar recomendações sobre o transporte coletivo de passageiros em tempos de coronavírus. Mas elas são exatamente opostas.
Em Cuiabá, Alexandre Guedes e Ezequiel Borges recomendaram ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) que alterasse um decreto já publicado e que previa a interrupção da circulação dos ônibus.
Já em Sinop, Pompílio Paulo Azevedo Silva Neto orientou (e foi atendido) empresas que atuam no setor a parar de oferecer o serviço à população.
O Ministério Público explicou. Segundo a instituição, “ao contrário do que ocorre em Cuiabá”, Sinop é uma cidade menor e plana. Além disso, “muitos se locomovem com a utilização de bicicletas”.
E no que diz respeito aos profissionais que atuam em setores que não podem parar – os principais a serem afetados pela medida de Emanuel Pinheiro seriam os da saúde, já que teriam dificuldade de chegar ao local de trabalho -, em Sinop, um “levantamento preliminar” demonstrou, segundo o MP, que a maioria possui veículo próprio.
“Se verificarmos que algum servidor está tendo dificuldades para se locomover podemos rever essa questão”, destacou Pompílio Paulo.