Ednilson Aguiar/O Livre
Colheita de milho em Mato Grosso
Dois órgãos ligados ao governo federal apresentaram estimativas diferentes para a supersafra brasileira. Enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê a colheita de 237 milhões de toneladas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acredita que o volume chegará a 240,3 milhões. Apesar de estar vinculado à Conab, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, aposta suas fichas na previsão do IBGE.
“A Conab é mais conservadora, o IBGE avança um pouco mais o sinal e já fala em 240 milhões de toneladas. Acho que esse será o tamanho na nossa safra”, disse.
“A Conab é mais conservadora. O IBGE avança um pouco mais o sinal e já fala em 240 milhões de toneladas. Acho que esse será o tamanho na nossa safra”
A revelação foi feita na terça-feira (11), depois do anúncio dos novos balanços da safra de grãos brasileira 2016/17. Segundo Maggi, o país deve somar quase 114 milhões de toneladas e mais de 97 milhões de milho, fora as demais culturas. “É muito provável que a gente consiga chegar a 100 milhões de toneladas de milho, um recorde histórico para o Brasil”, ressaltou.
Conab x IBGE
O 10º levantamento de safra da Conab trouxe aumento de três milhões em relação a última previsão. O volume esperado é de 237 milhões toneladas, um aumento de 27,1% em relação às 186,6 milhões de toneladas da safra passada. Do total, Mato Grosso deverá produzir 59,8 milhões.
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Blairo Maggi acredita que os números do IBGE são mais precisos
Segundo a companhia, a supersafra se deve a condições climáticas favoráveis e ao aumento da produtividade média de todas as culturas, com destaque para soja e milho, que tiveram alto nível de aplicação tecnológica. A produtividade da soja subiu de 2.870 para 3.362 kg por hectare. No caso do milho, devem ser colhidos 5.522 kg por hectare.
Enquanto isso, o IBGE prevê um volume de 240,3 milhões de toneladas, um aumento de 30,1% em relação à safra anterior (184,7 milhões de toneladas). Do total, Mato Grosso será responsável por 61 milhões de toneladas, o que corresponde a 25,4% da produção nacional.