A caminhada de sucesso da Fazenda Água Fria teve início na década de 70, no Sul do Pará. Até então, uma região que não tinha sido explorada para a criação de Nelore. As inúmeras dificuldades enfrentadas na época serviram de motivação. Hoje a fazenda é referência em genética bovina no país.
A história teve início com o visionário João Guimarães e segue pelas mãos de João Guimarães Filho, que mantém a qualidade do trabalho de seleção que vem sendo feito há quase meio século.
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Seguindo a trajetória da família, de “pai para filho”, hoje a geração mais nova da família, as meninas Luiza, Gabriela e Julieta, já acompanham o pai nos trabalhos do campo.
Elas, ao lado mãe, Paula, que também vem de uma família de pecuaristas, acompanharam o processo de pesagem dos animais para o leilão realizado, em 26 de outubro, em parceria com a maior leiloeira de Mato Grosso, a Estância Bahia.
“Esse foi o segundo leilão ao lado da Estância Bahia. Fazemos um evento por ano. A parceria tem sido boa, os dois leilões foram de muito sucesso”, disse João Guimarães Filho ao LIVRE.
Ao todo foram comercializados 1,3 mil bezerros e 114 touros. Estes últimos, a um valor médio de R$ 12.650. Aumento de quase 20% no valor comercializado e de 34% no número de touros vendidos de um ano para o outro.
Profissionalização
O pecuarista conta que já fazia leilões há dez anos, mas em razão da amizade com os representantes da Estância Bahia no Pará arriscou e colocou mais este evento na agenda da fazenda. O resultado? Sucesso total!
“Temos amizade com o Maurício Fraga e Hélio Júnior, e a parceria deu muito certo”, comentou.
O pecuarista disse ainda sobre a receita de sucesso da Fazenda Água Fria: a profissionalização.
“O pecuarista tem que ser pecuarista de fato. A gente está aqui a semana inteira, tomando conhecimento do negócio. Mas tem muita gente que tem propriedade, mas não é pecuarista, não é fazendeiro. É preciso ter conhecimento das coisas. Estar presente e se profissionalizar”, disse.
E foi buscando o conhecimento que a Água Fria se consolidou. Hoje 50% do grupo é focado na pecuária de corte e os outros 50% em genética, reprodutores.
“Temos hoje cinco touros espalhados em centrais”, destaca. Quase 30 anos depois da implantação da primeira Estação de Monta e as primeiras experiências com Inseminação Artificial (IA).
Hoje os animais são duplamente avaliados, pois fazem parte do Programa de Melhoramento da Raça Nelore (ANCP) e do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ/ABCZ), garantindo assim mais confiabilidade nos reprodutores comercializados.
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