Cidades

Criminosos usam dados de processos judiciais para aplicar golpe em advogados

Criminosos estariam tentando receber indenização por danos morais em processos com até quatro anos de conclusão

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Criminosos usam dados de processos judiciais para aplicar golpe em advogados
Imagem ilustrativa (Foto: José Augusto Correa)

Bandidos estariam usando banco de dados do Tribunal de Justiça para cometer crimes de estelionato em Mato Grosso. O alerta foi feito por um advogado que procurou o LIVRE para denunciar tais tentativas. 

Os golpistas têm acesso a endereços de antigos clientes, a telefones e fariam contato direto para negociar a cobrança de ações com até quatro anos de conclusão. 

Conforme a fonte, que pediu para não ser identificada, os criminosos estariam coletando dados de processos nos juizados especiais, disponíveis no Processo Judicial Digital (Projudi). 

“O alvo deles têm sido principalmente as ações de pequenas causas que envolvem instituições financeiras e operadoras de telefonia. São processos que pequeno valor, de R$ 2 mil, R$ 5 mil, R$ 10 mil. Eles procuram o advogado querendo receber pela segunda vez a causa, imaginando que o advogado não tem o recibo”, disse. 

Processo de 2016

O caso da fonte foi de um processo encerrado em 2016. Ela disse que um homem que se apresentou como representante do cliente o procurou em busca de informação sobre o recebimento da indenização. 

A escolha por processos mais antigos seria parte da estratégia dos criminosos. Conforme o advogado, a hipótese dos golpistas é que seria mais difícil localizar os comprovantes de ação para comprovar o encerramento e o pagamento ao cliente. 

“Após o advogado informar que já foi pago, o golpista que age com indignação, diz que não recebeu dinheiro nenhum e que quer receber o que é dele. Quando o advogado insiste em dizer que já pagou, o cliente diz que quer ver o recibo”, disse. 

Os golpes estariam sendo aplicados em alguns casos com o consentimento do cliente e, em outras situações, os criminosos se passam pelos contratantes. Após a insistência sobre pagamento, eles ameaçariam procurar a polícia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para denunciar a situação.  

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