A mãe de uma menina de apenas oito anos procurou a polícia nesta terça-feira (6) para denunciar que a filha, e uma prima de nove anos, vêm sofrendo abusos sexuais do avô, de 69 anos.
Segundo o boletim de ocorrência, na sexta-feira (2), a Escola Estadual Nova Galileia, localizada na Comunidade Nova Galileia, em Colíder (650 km de Cuiabá), recebeu uma palestra sobre abuso infantil.
Após a palestra, uma das crianças, de nove anos, contou às coleguinhas de classe que o avô “fazia aqueles tipos de atos libidinosos com ela e com sua prima, de nove anos”, diz trecho do boletim.
Uma das crianças para quem a vítima contou é filha de uma professora da escola e contou à mãe, que repassou a informação à coordenação da escola.
A professora e a coordenadora conversaram com a menina, que contou que o avô passava a mão em suas partes íntimas desde que ela estava na pré-escola, há aproximadamente três anos.
Ela disse, ainda, que às vezes, quando dorme no sítio dos avós maternos, acorda com o avô abusando sexualmente dela. E que o avô também a levava para o curral para ver o gado e abusava dela no local.
A menina disse que o avô já a ameaçou, mostrando um bezerro que morreu após ele aplicar uma injeção no animal e dizendo que faria o mesmo com a vítima, caso ela contasse para a mãe dela – filha dele – sobre os abusos.
Mães
A coordenação da escola chamou a mãe da vítima, que não sabia de nada e conversou com a filha. A criança falou que tinha medo de a mãe não acreditar nela, visto que o abusador é pai da mãe da vítima.
Após ouvir a filha, a mãe foi até a casa da irmã, mãe da prima que a primeira criança disse que também sofria abusos do avô, e contou tudo.
As duas conversaram com a criança, que, a princípio, não queria contar o que vinha sofrendo. Porém, após saber que a prima já havia contado, também falou, mas sem entrar em detalhes, devido a sua personalidade.
A mãe desta vítima disse a filha já não queria ir na casa dos avós há um tempo, mas não dizia o motivo. A mãe ainda disse temer que seu pai também tenha abusado de seu outro filho, um menino de seis anos.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável e será investigado pela Polícia Civil.
