Cidades

CPFs de 27 mortos podem ter sido usados para furar a fila de vacinação em MT

Cruzamento de dados mostra que o registro de imunização em 22 municípios ocorreu depois da notificação de morte

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CPFs de 27 mortos podem ter sido usados para furar a fila de vacinação em MT
(Foto: Luiz Alves/Secom)

Os documentos de 27 pessoas mortas em Mato Grosso podem ter sido usados para furar a fila de vacinação contra a covid-19. Os indícios de fraude foram identificados em 22 municípios até o momento, em levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Os casos foram descobertos no cruzamento de dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), de 18 de janeiro a 15 de março, com os do Sistema Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi).

Conforme o TCE, foram identificados 114.858 casos regulares (99,93%) e outros 56 tiveram resultado inconclusivo (0,05%). No segundo grupo, o CPF está registrado no Sisobi e também no cadastro de vacinação em data posterior. Mas há divergência quanto ao nome ou a data de nascimento do vacinado.

No caso dos 27 registros classificados como irregulares (0,02%), o CPF do vacinado consta na base de dados do Sisobi, no cadastro de vacinação em data posterior à data do óbito, com nome e data de vacinação coincidente.

“Estamos aguardando a defesa dos municípios, demos 15 dias para que se pronunciem. Se constatado que foi cometida alguma fraude, vamos tomar as medidas cabíveis e usar todas as ferramentas necessárias para que essas pessoas que estão furando filas sejam responsabilizadas”, afirmou o presidente do TCE-MT, conselheiro Guilherme Antonio Maluf.  

Conforme TCE, os dados o resultado devem ser tratados como preliminares, por isso não há resultado conclusivo de fraude.

O que disse a prefeitura de Cuiabá?

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS) afirmou que recebeu a notificação e encaminhou para a coordenação da campanha de vacinação contra a covid-19, que já está fazendo o levantamento necessário para apurar a situação. Além disso, irá analisar todo o banco de dados e encaminhará manifestação ao TCE em até 15 dias, prazo concedido pelo órgão de controle.

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