Garagem coberta, cozinha integrada com a sala de estar, suíte, área gourmet. Quem está pensando em comprar a casa própria precisa prestar atenção em detalhes que estão além da arquitetura do imóvel.
Presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso, Claudecir Contreira afirma que muitos empreendimentos têm sido vendidos antes de ter o registro de incorporação junto às prefeituras.
“Já vimos em várias cidades ocorrerem essas vendas sem a aprovação do município. E o cliente, muitas vezes, não tem conhecimento desses procedimentos legais necessários. Por isso, é fundamental conhecer bem o processo, o imóvel e o corretor que está fazendo a venda”, ele alerta.
Mercado em expansão
Em Cuiabá e Várzea Grande o mercado imobiliário está aquecido e não faltam opções. E se seu principal critério na hora de escolher é a localização, Claudecir afirma que você já está no caminho certo.
Mas se limitar a uma única região da cidade não é o jeito mais inteligente de fazer isso.
“Por exemplo, às vezes o cliente trabalha no Centro Político Administrativo de Cuiabá e não quer um imóvel no Coxipó, porque são cerca de 10 quilômetros de deslocamento. Mas tem um detalhe: uma nova avenida, com três pistas nos dois sentidos, está sendo construída e vai ligar esses dois pontos, o Contorno Leste. Quando estiver pronta, esse deslocamento será bem mais fácil”, ele argumenta.
Olhar para o desenvolvimento da cidade, portanto, é a dica que ele dá para escolher imóveis com maior chance de valorização. “isso já aconteceu, por exemplo, com os imóveis que foram construídos nas proximidades da Avenida das Torres, quando ela ainda nem existia”.
Em Cuiabá, a região com mais destaque neste sentido, na avaliação de Claudecir, é o Grande Coxipó. Já em Várzea Grande, apontam outros especialista no setor, é a Região Norte.
Enquanto o Coxipó se desenvolve por conta as obras do Contorno Leste, em Várzea Grande é a construção de novas sedes para órgãos públicos que valoriza a região. Por lá, de acordo com dados do Sindicato de Habitação de Mato Grosso (Secovi), o valor do ticket médio de compra já subiu, chegando a R$ 203 mil, durante os seis primeiros meses deste ano.
Detalhes não são só detalhes
Claudecir lembra que o comprador também precisa estar atento a detalhes estruturais do imóveis. Na hora da compra, é preciso conter um pouco da empolgação com a casa novinha em folha e olhar para aspectos mais “técnicos”.
“Você pode pedir um memorial descritivo dos materiais que foram usados. Se o corretor não tiver essas informações, há outros profissionais que você pode buscar, junto à construtura responsável pela obra”.
Esse memorial deve conter informações sobre os materiais utilizados na rede hidráulica e elétrica do imóvel, além de dados sobre os acabamentos, como pisos, esquadrias e tomadas.
“Essa questão das tomadas, aliás, o comprador precisa prestar atenção onde elas estão, quantas são e se aquilo vai satisfazer suas expectativas. Não tem nada mais frustrante do que pegar uma casa novinha e ter que fazer um monte de buracos nas paredes porque não há tomadas o suficiente”, ele alerta.
Claudemir diz ainda que muitos imóveis já têm sido entregues com rede pronta para instalação de energia solar.
