O setor da aviação está enfrentando uma pressão urgente para reduzir suas emissões de CO2 e alcançar a descarbonização. No entanto, um recente estudo realizado pela Bain & Company aponta para desafios significativos que podem dificultar o cumprimento das metas de emissão do setor.
Em 2022, 193 países membros da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) comprometeram-se com a neutralidade de emissões líquidas de carbono até 2050, alinhando-se ao Acordo de Paris. O objetivo é conter o aquecimento global a até 2ºC neste século.
E para quem acha que atender essa exigência pode significar o aumento do valor da passagem, saiba que possivelmente essa preocupação se concretize.
Desafios financeiros e técnicos
Apesar da melhoria na eficiência do consumo de combustível ser a forma mais eficaz de reduzir as emissões, o estudo da Bain & Company destaca obstáculos que tornam desafiador cumprir essas metas. Investimentos de trilhões de dólares em combustíveis sustentáveis, hidrogênio e propulsão elétrica são necessários, mas o estudo alerta que ainda seriam insuficientes para atender à demanda prevista para 2050.
Efeito ‘decarbonizar’ no bolso do passageiro
Os progressos tecnológicos podem contribuir para a redução das emissões, mas avanços científicos significativos são necessários. As estratégias para alcançar a descarbonização podem impactar no aumento dos custos da aviação. Atualmente, as alternativas tecnológicas, como combustíveis de aviação sustentáveis, hidrogênio e propulsão elétrica, enfrentam desafios significativos em relação a custos de produção, abastecimento e infraestrutura.
Colaboração e escolhas estratégicas
A indústria da aviação não apenas compete por recursos com outras indústrias, mas também busca colaboração e benefícios em setores como o automobilístico. Avanços nas baterias de veículos elétricos podem eventualmente ajudar a descarbonizar a aviação após 2050, mas também trazem desafios, como a necessidade de investimentos em infraestrutura aeroportuária.
Resumindo a história de descarbonizar
Embora a meta de emissão zero até 2050 seja desafiadora, é fundamental que o setor da aviação escolha estratégias alinhadas com sua realidade. Fabricantes de aeronaves precisam buscar inovações tecnológicas. As companhias aéreas devem acelerar a renovação de suas frotas. E, os governos desempenham um papel importante ao oferecer incentivos e direcionar recursos para infraestrutura de energia renovável.
O estudo da Bain & Company destaca a complexidade das escolhas que o setor da aviação enfrenta, enfatizando a necessidade de colaboração, renovação e adaptação para alcançar metas ambientais ambiciosas.
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