O recém-criado PRD (Partido de Renovação Democrática) tem investido em políticos tradicionais de Mato Grosso. O alvo inicial tem sido os filiados ao União Brasil.
No momento, ao menos quatro políticos estão no radar. O principal é o ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, convidado a comandar o diretório estadual. A informação foi confirmada por ele na semana passada. Mauro Carvalho disse que tem pensado no assunto e deve responder ao convite no próximo mês.
O deputado estadual Dilmar Dal Bosco já disse que pensou na hipótese também e a decisão penderá de emplacar ou não a candidatura a prefeito Sinop (500 km de Cuiabá) neste ano. Se a candidatura for confirmada, ele prefere permanecer no União Brasil.
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, diz que passou a considerar o PRD como uma opção, após o PSD (Partido Social Democrático) desistir do acordo firmado com ele há um ano. Botelho também vive a expectativa das eleições.
Júlio Campos conversou o presidente nacional do PRD, Ovasco Resende na semana passada, e disse que o encontro foi “agradabilíssimo”. Campos negou mudança de grupo, mas ele está na ala de apoio a Botelho no União. Um veto à candidatura do colega pode levá-lo a rever a hipótese de troca de partido.
O que é o PRD?
O PRD foi aprovado em novembro do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido está na lista dos grupos políticos que se fundiram para ganhar força no cenário político. Tanto por questões financeiras, quanto por representação no Congresso.
É o resultado da fusão entre o PTB e o Patriota, siglas que nos últimos anos se situaram mais na ala à direita. Em Mato Grosso, eles integram o presidente nacional da Aprosoja, Antônio Galvan, e o ex-deputado federal Victório Galli.
o PTB optou pela fusão depois de não ter conseguido eleger nenhum deputado nas eleições de 2022. Isso fez com que a agremiação ficasse sem recursos do Fundo Partidário e sem tempo de propaganda eleitoral em rádio e TV. O Patriota elegeu cinco deputados.
Pela cláusula de barreira vigente, para ter acesso aos recursos públicos a legenda precisa eleger pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação.